Sem apoio do governo, evento foi torpedeado durante a Expofeira: serviço de som anunciava que a passeata havia sido cancelada e adiada para 27 de novembro, quando acontece a Parada Gay chapa branca.
Vítimas de preconceito e, muitas vezes, de agressões físicas, segmentos de homossexuais amapaenses agora estão sofrendo discriminação política. Por questões partidárias, o governo estadual não apoiou e ainda tentou boicotar a Parada Gay, organizada pela Federação Amapaense de LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis), realizada no último domingo (30). Durante a 48ª Expofeira, através do serviço de som, locutores anunciavam que a passeata havia sido cancelada e convocavam para a Parada Gay do próximo dia 27, coordenada pelo Grupo das Homossexuais Thildes do Amapá (Ghata), alinhado ao PSB.
"O governador Camilo não apoiou o nosso evento, mas o governo não precisava tentar boicotar a Parada Gay através do sistema de som da Expofeira", denunciou Renan Almeida, secretário-geral da Federação Amapaense de LGBTs. Para ele, a interferência partidária equivale a tentar pintar de amarelo a bandeira arco-íris que simboliza o Movimento LGBT.
Além da falta de apoio governamental para o evento e da propaganda contrária veiculada durante a Expofeira, milhares de mensagens de textos via celular também torpedearam a Parada Gay de domingo, enfatizando que a passeada havia sido cancelada e transferida para o dia 27.
"O movimento LGBT sempre teve divisões, mas o acirramento acentuou-se com a posse do governador Camilo, que só apóia ações do Ghata", criticou Renan. Por causa das divergências e do alinhamento automático do Ghata com o PSB, em março deste ano foi criada a Federação Amapaense de LGBTs, que possui representantes nos 16 municípios do estado.
Estranha coincidência
Segundo Renan Almeida, várias pessoas ligadas ao Ghata assumiram postos de destaque na administração estadual, como a ex-presidente da entidade, Ivana Antunes, atual presidente da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap). Por coincidência, a própria Ivana foi coordenadora geral da 48ª Expofeira, de onde partiu o ataque de desmobilização da Parada Gay, que, no domingo, completou 11 anos.
"Tentamos marcar audiência, mas não fomos recebidos pelo governador. Encaminhamos ofício ao secretário Zé Miguel (Secult), mas ele sequer nos respondeu e também não nos recebeu", relata Renan. Como aconteceu no último verão, em que Prefeitura de Macapá e Governo do Estado organizaram eventos paralelos, os militantes da Federação Amapaense de LGBTs bateram às portas do prefeito Roberto Góes.
Foi bancado pela Prefeitura de Macapá o trio elétrico, de onde Renan Almeida denunciou, durante a caminhada da Orla do Araxá até a Praça do Coco, a falta de apoio e a tentativa de boicote do governo. A prefeitura da capital também forneceu lanches aos participantes e garantiu a segurança, através da Guarda Civil e da Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU).
Além da Prefeitura de Macapá, também apoiaram o evento os deputados federais Evandro Milhomem (PC do B) e Vinícius Gurgel (PR) e o vereador de Macapá, Clécio Luiz (PSol).
"O governador Camilo não apoiou o nosso evento, mas o governo não precisava tentar boicotar a Parada Gay através do sistema de som da Expofeira", denunciou Renan Almeida, secretário-geral da Federação Amapaense de LGBTs. Para ele, a interferência partidária equivale a tentar pintar de amarelo a bandeira arco-íris que simboliza o Movimento LGBT.
Além da falta de apoio governamental para o evento e da propaganda contrária veiculada durante a Expofeira, milhares de mensagens de textos via celular também torpedearam a Parada Gay de domingo, enfatizando que a passeada havia sido cancelada e transferida para o dia 27.
"O movimento LGBT sempre teve divisões, mas o acirramento acentuou-se com a posse do governador Camilo, que só apóia ações do Ghata", criticou Renan. Por causa das divergências e do alinhamento automático do Ghata com o PSB, em março deste ano foi criada a Federação Amapaense de LGBTs, que possui representantes nos 16 municípios do estado.
Estranha coincidência
Segundo Renan Almeida, várias pessoas ligadas ao Ghata assumiram postos de destaque na administração estadual, como a ex-presidente da entidade, Ivana Antunes, atual presidente da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap). Por coincidência, a própria Ivana foi coordenadora geral da 48ª Expofeira, de onde partiu o ataque de desmobilização da Parada Gay, que, no domingo, completou 11 anos.
"Tentamos marcar audiência, mas não fomos recebidos pelo governador. Encaminhamos ofício ao secretário Zé Miguel (Secult), mas ele sequer nos respondeu e também não nos recebeu", relata Renan. Como aconteceu no último verão, em que Prefeitura de Macapá e Governo do Estado organizaram eventos paralelos, os militantes da Federação Amapaense de LGBTs bateram às portas do prefeito Roberto Góes.
Foi bancado pela Prefeitura de Macapá o trio elétrico, de onde Renan Almeida denunciou, durante a caminhada da Orla do Araxá até a Praça do Coco, a falta de apoio e a tentativa de boicote do governo. A prefeitura da capital também forneceu lanches aos participantes e garantiu a segurança, através da Guarda Civil e da Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU).
Além da Prefeitura de Macapá, também apoiaram o evento os deputados federais Evandro Milhomem (PC do B) e Vinícius Gurgel (PR) e o vereador de Macapá, Clécio Luiz (PSol).
A Gazeta
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