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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Invasores do Marabaixo 4 esperam por uma solução do Governo do Estado

ImagemA energia é utilizada de forma clandestina, a água vem de poços cavados pelas famílias e o lixo, por sua vez, é queimado no fundo dos quintais.

Três mil famílias invasoras do Marabaixo 4 estão apreensivas se ficarão ou não na área ocupada. Agora elas estão cobrando do Governo do Estado uma solução para o problema, visto que o próprio governador Camilo Capiberibe se comprometeu, durante a segunda Escuta Popular do Plano Plurianual (PPA) Participativo de Macapá, realizada em junho deste ano, em abraçar a causa.
 
Na verdade, os invasores estão ameaçados de serem retirados do local a qualquer momento, visto que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) identificou que o terreno foi vendido de forma irregular porque já estava hipotecado para um banco. A invasão iniciou em setembro de 2010, com aproximadamente 500 famílias. Elas adentraram na área sob a justificativa de que não aguentavam mais a demora do Governo do Estado em desenvolver política de habitação em Macapá.
 
A comerciante Délia Alves de Jesus comprou um terreno na área invadida e sobrevive com a venda de produtos em um pequeno comércio. Agora, encontra-se em dúvida quanto a permanência no local. “A mais recente informação que nos deram foi de que o governo já tomou posse das terras. Estamos baseados na palavra do governador, pois ele não pode tirar daqui essa inúmera quantidade de famílias. Vai nos colocar onde? Tem muita gente imigrante. Eu, por exemplo, sou de Tailândia, no Pará. Achei uma facilidade comprar um terreno e fazer a minha casa por aqui”, relatou.
 
A energia é viabilizada por um grupo de 10 ou mais famílias que se unem para puxar dos postes do Marabaixo 3. “A gente sabe que estamos usando a energia de forma clandestina, mas queremos pagar. Da forma como está não é bom para nós”, reconheceu Délia Alves. A água, na maioria das casas, é obtida de forma comunitária. Como muitos terrenos não possuem metragem suficiente (10x25), três ou mais famílias se reúnem e abrem um poço comunitário. O lixo, por sua vez, é queimado no fundo dos quintais.
 
Enquanto não se toma medidas que minimizem a falta de habitação no Estado, as pessoas invadem áreas públicas e até particulares para fugir do aluguel. O Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap) teria feito um levantamento sobre o número de pessoas que realmente querem morar no local. Os dados apresentados eram para auxiliar na retirada dos especuladores. O diretor presidente do Imap, Maurício de Souza, foi procurado pela reportagem, mas mandou informar por assessores que não poderia dar entrevista porque estava em reunião. (Jorge Cesar/aGazeta)
 
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