Depois do rapto de um recém-nascido na Maternidade Mãe Luzia e do assassinato de um
paciente dentro do pronto-socorro, agora foi um detento que conseguiu fugir de dentro do principal hospital do Estado.
paciente dentro do pronto-socorro, agora foi um detento que conseguiu fugir de dentro do principal hospital do Estado. Um detento do Instituto de Administração penitenciário do Amapá (Iapen), que se recuperava de uma cirurgia ortopédica, conseguiu fugir na última quinta-feira (10) pela porta da frente do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL). Marcelo Felipe de Lima Quaresma, 22 anos, teria se envolvido em uma briga dentro do presídio, ocasião em que sofreu uma fratura no fêmur da perna esquerda. Ele foi transferido do Hospital de Emergência (HE) para o HCAL no dia 24 de outubro. A cirurgia aconteceu no dia 3 de novembro. Ainda em período de observação médica, Felipe fugiu sem ser visto.
Procurada pela reportagem de a Gazeta, a diretora do hospital, Sandra Pereira, ficou surpresa ao ser indagada sobre o assunto. Ela nem sequer tinha conhecimento da fuga. “Eu não estou sabendo disso... ninguém me falou desse caso... eu fico sabendo de tudo que acontece nesse hospital, mas infelizmente isso eu não sabia. Fiquei sabendo agora”, revelou, perplexa, a diretora. Passada a surpresa, ela informou que a vigilância do detento era feita por um agente da Polícia Civil.
Funcionários que trabalham no setor de internação do HCAL, disseram que sabiam que previam a fuga. “Esse paciente vivia livre, sem algemas. Recebia a visita da esposa, que trazia coxinha com refrigerante escondidos na sacola pra ele. Eu ainda cheguei a avisar ao policial que o cara não queria ficar bom”, disse uma funcionária – que não quis se identificar. “O policial que fazia a segurança deixava ele (Felipe) só, e vinha bater papo aqui embaixo com os outros”, denunciou outro funcionário.
Marcelo Felipe é considerado pela polícia um bandido de alta periculosidade. Ele cumpria pena por roubo e é apontado como o mentor de uma tentativa de assalto com reféns, ocorrida no último dia 25, no bairro Santa Rita. Na ocasião, a família de um vendedor de açaí ficou sob a mira de revólveres. Num vacilo dos assaltantes, uma das vítimas conseguiu se esconder dentro da casa e acionou a polícia. Após duas horas de tensão, os bandidos soltaram os reféns e se entregaram. Durante maior parte das negociações, um dos assaltantes recebia instruções ao celular de como proceder com a polícia. Mais tarde os policiais descobriram que as orientações eram repassadas de dentro do Iapen, e o homem ao outro lado da linha era Marcelo Felipe.
Problema constante
Não é de hoje que há falhas na segurança dos hospitais da rede estadual no Amapá. Mesmo com os recentes acontecimentos, o governo não tomou nenhuma providência para acabar com o problema. No dia 16 de fevereiro deste ano, um recém nascido foi raptado de dentro da maternidade Mãe Luzia por uma mulher que se passou por funcionária do hospital e saiu com a criança pela porta da frente. Depois disso, outro caso ainda mais grave. No dia 16 de julho, um homem se passou por médico e acabou assassinando um paciente dentro do Hospital de Emergência. Os dois casos já foram solucionados.
Procurada pela reportagem de a Gazeta, a diretora do hospital, Sandra Pereira, ficou surpresa ao ser indagada sobre o assunto. Ela nem sequer tinha conhecimento da fuga. “Eu não estou sabendo disso... ninguém me falou desse caso... eu fico sabendo de tudo que acontece nesse hospital, mas infelizmente isso eu não sabia. Fiquei sabendo agora”, revelou, perplexa, a diretora. Passada a surpresa, ela informou que a vigilância do detento era feita por um agente da Polícia Civil.
Funcionários que trabalham no setor de internação do HCAL, disseram que sabiam que previam a fuga. “Esse paciente vivia livre, sem algemas. Recebia a visita da esposa, que trazia coxinha com refrigerante escondidos na sacola pra ele. Eu ainda cheguei a avisar ao policial que o cara não queria ficar bom”, disse uma funcionária – que não quis se identificar. “O policial que fazia a segurança deixava ele (Felipe) só, e vinha bater papo aqui embaixo com os outros”, denunciou outro funcionário.
Marcelo Felipe é considerado pela polícia um bandido de alta periculosidade. Ele cumpria pena por roubo e é apontado como o mentor de uma tentativa de assalto com reféns, ocorrida no último dia 25, no bairro Santa Rita. Na ocasião, a família de um vendedor de açaí ficou sob a mira de revólveres. Num vacilo dos assaltantes, uma das vítimas conseguiu se esconder dentro da casa e acionou a polícia. Após duas horas de tensão, os bandidos soltaram os reféns e se entregaram. Durante maior parte das negociações, um dos assaltantes recebia instruções ao celular de como proceder com a polícia. Mais tarde os policiais descobriram que as orientações eram repassadas de dentro do Iapen, e o homem ao outro lado da linha era Marcelo Felipe.
Problema constante
Não é de hoje que há falhas na segurança dos hospitais da rede estadual no Amapá. Mesmo com os recentes acontecimentos, o governo não tomou nenhuma providência para acabar com o problema. No dia 16 de fevereiro deste ano, um recém nascido foi raptado de dentro da maternidade Mãe Luzia por uma mulher que se passou por funcionária do hospital e saiu com a criança pela porta da frente. Depois disso, outro caso ainda mais grave. No dia 16 de julho, um homem se passou por médico e acabou assassinando um paciente dentro do Hospital de Emergência. Os dois casos já foram solucionados.
A Gazeta
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