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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vitória do Jari cobra promessa da Sesa de reformar a saúde municipal

Edilson Pereira se comprometeu em fazer contratação emergencial de médicos e enfermeiros e comprar medicamentos para a Unidade Mista.
Se na capital amapaense a população tem que ir à Justiça para conseguir atendimento na rede pública estadual de saúde, a realidade é ainda pior para quem mora no interior do Estado. Além de não conseguirem atendimento básico de saúde, o isolamento por falta de ambulância para transportar os pacientes até a capital é outro agravante.
O que se encontra em Unidades Mistas de Saúde, que são de responsabilidade do Estado, são apenas exames de rotina. Nas Unidades Básicas, que são administradas pelo município, a situação não é diferente. Falta material para atendimento, além de funcionários.
No caso do município de Vitória do Jari, no extremo Sul do Estado (a 180 km da capital), o grito de socorro das cerca de 12 mil pessoas é pelo funcionamento da Unidade Mista de Saúde, que está com apenas uma sala em funcionamento. A sala de pré-parto está sem energia. Não tem atividade regular de limpeza. Só duas funcionárias trabalham no período da manhã que, não esterilizam os materiais usados na Unidade por falta de estrutura.
O relato das condições da Unidade Mista é do Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores de Saúde do Amapá (Sindesaúde), que está percorrendo o interior do Estado, atendendo à solicitação da categoria com relação às condições de trabalho. Durante visita à Unidade Mista de Vitória do Jari, o presidente da entidade, Dorinaldo Malafaia, encontrou lençóis com sangue e balões de oxigênio vazios.
Num dos registros audiovisuais do que foi constatado em Vitória do Jari está o momento em que uma moradora foi até a Unidade em busca de atendimento de emergência para o filho, mas não pôde ser atendida porque não tinha médico nem enfermeiro. “A estrutura física é boa. Tem várias salas de atendimento. Tem consultório, material de ultrassonografia. Existe máquina de raio-x, mas não tem funcionário”, conta Malafaia.
A Unidade Mista, projetada para funcionar 24h, parou com os atendimentos há cerca de seis meses, quando a administração municipal resolveu transferir a responsabilidade do Hospital para o Estado, devido à crescente demanda por atendimento. Diante da situação, o vereador de Vitória do Jari, Alex Câmara (PP), procurou o Sindesaúde e o Governo do Estado a fim de buscar uma solução para o funcionamento da Unidade.
Em reunião ocorrida há 18 dias com o vereador e o Sindesaúde, o secretário estadual de Saúde, Edilson Pereira, se comprometeu em fazer uma reforma emergencial na Unidade Mista de Vitória do Jari, contratar médicos especialistas de plantão e enfermeiros e comprar medicamentos para a Unidade. Mas, até agora, Alex Câmara denuncia que nenhuma providência foi tomada. O vereador está em Macapá e disse que vai procurar a Assembleia Legislativa. Ele quer que os deputados interfiram junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) a fim de cumprir o que ficou acertado em reunião sobre o funcionamento da Unidade Mista de Saúde de Vitória do Jari.
A Assessoria de Comunicação da Sesa informou que o secretário Edilson Pereira, viajou ontem à noite para o Sul do Estado. Hoje (8), ele deverá estar em Vitória do Jari. O secretário também deve cumprir agenda em Laranjal.

Ambulância
Ainda de acordo com a Assessoria da Sesa, já foi autorizada a compra de uma ambulância para transporte de pacientes de Laranjal do Jari. Semana passada, a Gazeta denunciou a “via crucis” de Maria de Oliveira, 52 anos, cardíaca e hipertensa, que não se sentiu em condições de continuar a viagem até à capital Macapá em busca de atendimento médico devido às condições de sucateamento da ambulância que a transportava.  O veículo também levava botijão de gás, pneus, porta enferrujada, pedaços de isopor, vassouras e uma gaiola com fezes de passarinho.
   
A Gazeta

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