Acusado de homicídio no interior do Pará, ele teria se escondido na capital amapaense com medo de morrer.
“Foi coisa de profissional. Os caras atiraram e o casal caiu. Depois chegaram perto do homem e deram mais três tiros nele. Em seguida desceram por essa rua e sumiram”. O relato da testemunha – que por questões de segurança não será identificada – é a melhor pista que a polícia tem sobre os autores da execução do jovem Wesley dos Santos Lemos, de 21 anos. O assassinato aconteceu por volta de 20h da última quinta-feira (17), em frente a um posto de combustível da rodovia BR-210, zona Norte de Macapá.
Já quanto à motivação, a polícia suspeita que o crime possa estar ligado ao passado recente da vítima, que teria cometido homicídios na sua cidade natal, o município de Altamira, no Sul do Pará. Para a confirmação dessa suspeita, os investigadores da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa (Decipe) – responsável pelo caso – esperam melhoras no estado de saúde da namorada de Wesley, Adriana Caldas Severina, de 18 anos, que está internada no Hospital de Emergências (HE). Ela também foi baleada na noite do crime. Grávida de Wesley há dois meses, a jovem pode ajudar a esclarecer a morte do namorado.
De acordo com a chefa da Decipe, delegada Valcilene Bentes, por se tratar de uma testemunha crucial para a elucidação do caso, a segurança de Adriana será reforçada enquanto ela permanecer internada. Assim que a jovem receber alta médica, será levada à delegacia para prestar depoimento. Até a noite de ontem (18), a sobrevivente permanecia no HE.
A execução
Wesley foi executado com cinco tiros de pistola nove milímetros. Ele a namorada, Adriana, transitavam em uma moto comprada há poucos dias. Segundo a polícia, o casal havia saído de uma casa localizada no conjunto Boné Azul – na Zona Norte de Macapá. Sem perceber que estavam sendo seguidos, eles foram surpreendidos por dois homens, que também trafegavam em uma moto, de cor preta. Com os veículos ainda em movimento, os desconhecidos fizeram os primeiros disparos, que derrubaram o casal. Em seguida, segundo relatos de testemunhas, os assassinos se aproximaram e terminaram o serviço. Wesley morreu com cinco tiros no total – dois na cabeça.
“Todo mundo se assustou com aquilo (os disparos), eu corri pra ver o que estava acontecendo, foi quando eu vi o rapaz agonizando. Vi a moça (Adriana). Ela pediu que eu avisasse a mãe dela que mora em Marabá (no Pará). Ela me deu o número do telefone. Eu liguei e avisei sobre o que tinha acontecido com a filha dela. Ela (a mãe) pediu que eu não deixasse a filha dela morrer”, contou uma das testemunhas. (Ailton Leite/aGazeta)
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