iscussão definida como "a chance dos senadores corrigirem um erro histórico".
Um grupo de senadores contrários a aprovação do atual texto do código florestal se reuniu nesta terça-feira (31), no gabinete do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), com a ex-senadora Marina Silva (PV) para dar início ao debate sobre o tema no Senado.
De acordo com Marina, o encontro serviu como ponta-pé inicial para uma discussão que ela definiu como "a chance dos senadores corrigirem um erro histórico".
"Só a expectativa da aprovação aumentou em 450% o desmatamento em Mato Grosso. O desmatamento já está fora de controle, e o Código Florestal está sendo transformado em um Código Agrário", afirmou a ex-senadora.
A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) afirmou que tratou-se de uma reunião estratégica, e que o objetivo do grupo é "derrotar o projeto que veio para o Senado". "A ideia dos senadores é recuperar uma legislação que garanta a proteção das florestas", completou.
Randolfe Rodrigues afirmou que vai sugerir a presidente Dilma Rousseff que o decreto que estipula o dia 11 de junho como fim do prazo da suspensão das multas aplicadas até 2008 para quem desmatou seja adiado. Ele também enfatizou que não se trata da criação de uma nova frente parlamentar.
"A presidente tem a prerrogativa de adiar o decreto. Creio eu que seria de bom tom se ele fosse adiado. Nossa premissa é termos tempo e tranquilidade para este debate", completou o senador.
Também participaram da reunião os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Paulo Davim (PV-RN), Pedro Taques (PDT-MT), Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC) e Anibal Diniz (PT-AC).
O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) alertou que, após uma reunião com a presidente realizada na quinta-feira (26), ficou claro que o assunto é "prioridade dela". De acordo com ele, o fato novo é "a entrada da presidente Dilma em campo".
"Na reunião com a gente (senadores do PT) a presidente falava muito que o agronegócio está dando um tiro no pé. Porque com certeza a repercussão internacional da aprovação deste código vai trazer barreiras para os produtos agrícolas do país", contou.
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