Famílias que aguardam pela entrega dos apartamentos do conjunto Mucajá fizeram mais um protesto na tarde de ontem (7) em frente a obra, na rua Jovino Dinoá, no Beirol. Eles criticaram a demora na entrega das casas pela Prefeitura de Macapá e o pediram a regularização do pagamento do aluguel social.
O benefício de R$ 350 para quitar o endereço provisório até que os apartamentos estivessem prontos, segundo eles, não estariam sendo pago há seis meses.
Tibúrcio Madureira, autônomo, mora com seis pessoas em uma residência de dois cômodos há três anos e diz que não entende o motivo do atraso na entrega dos apartamentos. “Nós fizemos mais de um mês de curso para normas de convivência e ainda não tivemos uma definição de quando poderemos nos mudar”, questionou. Madureira explica que o primeiro prazo para a inauguração das moradias foi programado pela Prefeitura no dia 1° de Maio. “O Roberto falou que ia passar as chaves para a gente no dia do Trabalhador. Depois, a data foi remarcada para o dia 3 de junho e até agora não tem nada certo”, frisou o autônomo.
De acordo com as famílias, a empresa Dan Herbert que ganhou a licitação de 28 milhões para a execução teria deixado por fazer o último bloco de apartamentos do condomínio popular e estaria há oito meses esperando por repasse da Prefeitura da Macapá para a conclusão da obra. Consultado pelo jornal a Gazeta, o gerente de contratos da Dan Herbert, João Paulo Monteiro explicou que a obra está sim, paralisada há três meses por conta de ajustes no projeto inicial e na suspensão do pagamento de parcelas. “A gente não poderia simplesmente terminar a obra e depois esperar para receber. Então, demos ciência da suspensão dos serviços a Caixa Econômica a Secretaria de Obras da Prefeitura. Há dois meses não existem mais trabalhadores nossos no canteiro de obras e há um mês, nossos empreiteiros também não estão mais lá”, disse o representante da construtora.
Outra denúncia feita pelos futuros inquilinos é que, com o abandono da construção do último bloco, o espaço já estaria sendo visado por vândalos com furtos freqüentes aos materiais da obra. A empresa desconhece a informação e salienta que existem vigilantes durante o dia e a noite em toda a área construída.
Em nota divulgada pela Prefeitura, a previsão é de que até o mês de agosto o condomínio seja inaugurado. Sobre os custos adicionais do empreendimento, o gerente de projetos da Dan Herbert assegura que somente quando forem reprogramados os cálculos, a construtora poderá cobrar o ressarcimento de custos, por enquanto, o interesse da Dan Herbert é sanar as pendência e retomar a obra. Estima-se que 592 pessoas sejam beneficiadas com as moradias, que são resultado de um convênio do governo federal, através do programa Minha Casa, Minha Vida e a Prefeitura de Macapá. (Stefanny Marques)
0 comentários:
Postar um comentário