A fraqueza do pecador: missionário faz a raspagem na casa do pastor e leva até as bíblias

Missionário de uma igreja evangélica do município de Mazagão, Marcos de Sousa, de 18 anos, traiu a confiança da congregação que o acolheu, lhe deu abrigo e trabalho. O pecado do jovem missionário foi cometido na noite do últim

o sábado (18), quando ele invadiu a residência do pastor Pedro Paulo e “passou a mão” em parte do dinheiro doado por fiéis – além de diversos objetos.

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), por volta de 21h30, a vítima encontrou sua casa arrombada. As equipes compostas pelos sargentos L. Sanches e Cavaleiro, cabos Calazãns e De Azevedo, e soldados Marineu e Magave, foram informadas que Marcos poderia ser um evidente suspeito em razão dele saber que o pastor guardava a renda dos cultos e do seu estabelecimento comercial naquele local. Os militares então foram até um casebre situado atrás da igreja administrada por Pedro Paulo. Foi lá que Marcos, com o consentimento do líder religioso, morou nos últimos meses – tempo em que também trabalhou no pequeno comércio de Pedro Paulo. Convencido pelos policiais, Marcos permitiu que o local fosse revistado. Para a decepção do pastor, todos os produtos furtados foram encontrados.

O material apreendido pela PM mostrou que a fraqueza do jovem missionário foi tão grande que ele não dispensou, nem mesmo, exemplares da bíblia. Até a roupa com que o líder religioso conduzia os cultos foi roubada. Além dos dois livros, gravata, terno e calça social, foram levados um notebook, uma máquina fotográfica, vidros de perfume, recargas de celular, modem de internet, canetas, bolsas e R$ 3 mil em espécie.

Segundo a PM, na delegacia, Marcos – mesmo nome de um dos quatro evangelizadores do Novo Testamento – se disse arrependido. No entanto, não obteve o perdão do pastor, que seguiu com a denúncia e registrou ocorrência na 5ª DP de Mazagão. Na “chamada lei dos homens”, a remissão do pecado cometido pelo missionário ficará agora a cargo da Justiça. Em caso de condenação, a penitência é prevista no Código Penal: prisão de dois a oito anos. Quanto ao perdão divino, Marcos terá tempo de sobra para suplicá-lo, no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), para onde foi levado, no último domingo (19), depois de ter sido autuado em flagrante por furto qualificado.