Bullying é a temática do curta metragem amapaense, do roteirista e cineasta Domique Allan, que conta com um jovem elenco formado por estudantes de escolas públicas do Amapá. O filme conta a história de Carlos, um adolescen
te que como tantos outros, quer se divertir e curtir essa etapa da vida, mas enfrenta dificuldades de se relacionar com outros jovens.
Ser adolescente já é tão complicado, mas para Carlos, é um pouquinho mais, pois ele é portador de deficiência auditiva e convive com o preconceito por ser diferente. Interpretado pelo ator Gabriel Lélis, 24 anos, que já trabalha como ator mímico, ele contracena com a iniciante Yasmim Façanha, de 18 anos, formada na oficina de teatro de preparação para o filme, que ocorreu na paróquia Nossa Senhora Conceição, ministrada pelo diretor de elenco, Thomé Azevedo.
Junto com Yasmim, mais 50 adolescentes vão estrear na telona. “Essa é uma experiência maravilhosa, pude ser responsável por ajudar tantos talentos a darem seu primeiro passo nessa grande magia que é o cinema”, ressalta Thomé.
O cineasta Domique Allan, que assina o roteiro chamou a experiente produtora Ana Vidigal para transformar o filme em realidade. “Ana é uma lutadora, acredita no cinema independente e apostou no meu projeto”, diz.
Domique, que é bombeiro, há algum tempo vem elaborando um projeto sobre inclusão social, o filme apesar de ser uma ficção, é inspirado em histórias reais. “Ao invés de colocar um ator qualquer para interpretar o personagem principal, eu quis ir além e colocar um portador de deficiência auditiva para interpretá-lo, assim fazer realmente a inclusão”, relata.
Produção local
Para mostrar que o audivisual no Amapá tem profissionais talentosos, foi convidado o cineasta Gavin Andrews para assinar a fotografia, que já dirigiu “Alô, Alô, Amazônia”, o “O Barco e mestre”, “Ver o peso” e foi diretor de fotografia de “Simãozinho sonhador”. A direção de arte é de Cristiana Nogueira, auxiliada por Carla Antunes que também é responsável pelo continuísmo e Rodrigo Santos. Produção de arte é de Reginaldo Silva. A assistência de produção de Luan Macedo, Percival, Marivaldo e Beto Miranda. O make-up de Inês Ramos. Montagem é de Toninho Junior. O registro fotográfico e jornalístico é de Marksuel Martins e Pérola Pedrosa. Para interagir coma equipe e a ator principal, a intérprete de libras Izabel Soares também faz parte da produção do filme.
O filme não tem patrocinadores, toda produção e elenco e parte técnica estão trabalhando porque acreditam no audiovisual do Amapá e apostam no crescimento desse mercado. "Acreditamos que no futuro breve, esses profissionais serão recompensados, com o reconhecimento também financeiro. Está na hora do Amapá apostar nos seus profissionais, e não só nas produções que vem de fora, temos muita gente competente no Estado para trabalhar", ressalta a produtora Ana Vidigal. (Assessoria/A Rosa)
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