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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Joalheria é roubada pela quarta vez em Macapá

ImagemRoubado mais uma vez, o empresário A.J.S. já admite a possibilidade de fechar as portas e até mesmo trocar de ramo. Há mais de 20 anos trabalhando com confecção, compra e vendas de joias, ele já não aguenta mais a insegurança de trabalhar todos os dias com a iminência de ter sua joalheria, localizada na área do Mercado Central de Macapá, invadida por bandidos armados – cena que, aliás, se repetiu pela quarta vez, o

ntem (7).

Dois assaltantes chegaram ao estabelecimento por volta de 15h30. No recinto estavam o dono e sua esposa, um funcionário e duas clientes. Um dos criminosos sacou um revólver discretamente e encostou-o nas costas de uma cliente, anunciou o assalto e ordenou que todos entrassem para uma pequena sala, onde funciona o escritório da empresa.

Lá, os assaltantes mandaram as vítimas deitarem no chão. Enquanto um deles recolhia peças em ouro e as colocava numa mochila levada exatamente para essa finalidade, o outro depenava as vítimas, das quais tomou bolsas, relógios, celulares e joias. Na porta de saída, um dos bandidos virou-se para dentro da loja e sacou a arma novamente, num gesto de intimidação à qualquer esboço de reação das vítimas. Em seguida, a dupla deixou o local.

Segundo a polícia, testemunhas contaram que os bandidos caminharam até o estacionamento do antigo mercado de peixes, onde subiram em motos e foram embora. Outras pessoas disseram também que um terceiro criminoso, em um carro, cujo modelo não foi informado pela polícia, dava cobertura aos comparsas.

O empresário calcula que o prejuízo é de cerca de R$ 100 mil. Essa foi a quarta vez que a joalheria de A.J.S., foi atacada – duas delas somente este ano. No primeiro roubo, ocorrido em janeiro, os assaltantes levaram R$ 400 mil em dinheiro e joias. O primeiro crime está computado na estatística da Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que registrou até último dia de abril 173 ações criminosas em estabelecimentos do Centro Comercial de Macapá (os dados referentes ao mês de maio ainda não foram divulgados).

Toda a ação criminosa durou sete minutos, que foram filmados pelas câmeras de circuito interno, instaladas alguns meses atrás com objetivo de inibir as investidas de assaltantes – em vão. Militares dos Batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) estiveram no local coletando informações sobre o assalto. Até o fechamento desta edição nenhum suspeito havia sido preso. “Já estou pensando em largar o ponto. Não está dando mais para trabalhar desse jeito”, lamentou o empresário.

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