Furto no Basa: ladrões tentaram trocar moedas por cédulas

O desafio criminoso de usufruir do dinheiro furtado continua. Na noite de terça-feira (31), os ladrões tentaram destrocar parte das 50 mil moedas de R$ 1 levadas do Banco da Amazônia (Basa), no último final de semana. Dois homens chegaram a um estabelecimento comercial localizado no bairro Congós, na Zona Sul de Macapá, carregando dois sacos cheios de moedas. Os suspeitos queriam trocar o dinheiro em cédulas, o que não ocorreu. A polícia só ficou sabendo da investida quando os bandidos já tinham ido embora.

O furto ocorreu na madrugada de domingo (29), mas somente na manhã de segunda-feira (30) foi descoberto. Por volta de 7h, uma funcionária se deparou com uma sala arrombada e avisou a gerência. Os bandidos haviam arrombado um portão lateral e retiraram um aparelho de ar-condicionado para entrar pelo buraco na parede. O cofre principal da agência – onde estavam cédulas de alto valor – resistiu aos criminosos. Porém, as tentativas de arrombamento acionaram o alarme e eles tiveram que fugir. Contudo, não foram embora com as mãos vazias. Eles conseguiram abrir a porta da sala onde acharam as moedas. A perícia foi acionada, mas só encontrou algumas chaves de fenda e dois pés de cabra na cena do crime. Nenhuma digital.

Por enquanto, a polícia tem poucas pistas. A maior delas é o próprio dinheiro roubado, carga que pesa cerca de 350 kg. A polícia sabia que os criminosos tentariam usá-la ou destrocá-la, como ocorreu na noite de terça-feira. “Já era previsto que eles tentariam isso. Não há outra saída, eles terão que usar ou trocar esse dinheiro.

A população pode ajudar, denunciando suspeitos que tentem fazer uma compra com uma quantidade elevada de moedas de um real”, pede o tenente-coronel Rômulo, comandante do Batalhão de Rádio-Patrulhamento Motorizado (BRPM).

Para ele, o bando que agiu no Basa é o mesmo que um mês atrás invadiu uma agência do Bradesco, localizada no bairro do Buritizal, na Zona Sul da capital. As duas ações criminosas foram praticadas de forma idêntica: invasão pela lateral da agência, entrada pelo buraco do ar-condicionado, câmeras de segurança viradas pelos bandidos para o teto e as paredes, tentativa de arrombamento do cofre principal, furto de moedas (cerca de R$ 7 mil, no caso do Bradesco), ferramentas deixadas pra trás, e nada de impressões digitais. As duas agências também não dispunham de vigilância no período noturno.

O crime será investigado pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia Civil, sediada no bairro do Trem. Até o fechamento desta edição nenhuma prisão ou nova movimentação dos bandidos na tentativa de colocar as moedas em circulação havia sido registrada.