Uma mistura de sorte e rapidez possibilitou à Polícia Militar (PM) fazer a prisão de dois integrantes de um grupo criminoso que atacou a agência do Correios, no município de Santana. Luiz Fernando Assis Roseno e Irailson Tavares Ferreira, ambos de 23 anos, foram presos antes mesmo de dividirem o dinheiro roubado.
O crime ocorreu na tarde de ontem (16). O intervalo entre a ação criminosa e a prisão durou menos de 30 minutos. Por volta de 14h20, a Central de Operações do 4° Batalhão recebeu uma denúncia anônima informando que às proximidades dos C
O crime ocorreu na tarde de ontem (16). O intervalo entre a ação criminosa e a prisão durou menos de 30 minutos. Por volta de 14h20, a Central de Operações do 4° Batalhão recebeu uma denúncia anônima informando que às proximidades dos C
orreios havia um homem dentro de um carro Uno Mille, cor vermelha, parado, mas com o motor ligado – como se estivesse de prontidão para partir a qualquer momento. A equipe composta pelo cabo A. Baía e pelos soldados Joseline e Marcus Baía foi conferir a denúncia. “Na mosca”. Era de Irailson, que esperava a saida dos comparsas de dentro da agência.
O assalto acontecia naquele momento. No entanto, sem saber do crime em andamento, os militares continuaram a abordagem ao suspeito. Quando os policiais revistavam o carro, o celular de Irailson tocou. Do outro lado da linha, um dos comparsas avisava que a quadrilha já ia sair e perguntava se ele estava a postos. Numa espécie de código entre bandidos, Irailson disse aos militares que se tratava do dono do veículo e disparou ao telefone: “Traz o documento do carro, que eu fui abordado pela polícia”. A mensagem foi devidamente entendida.
Plano B
Enquanto Irailson disfarçava e ganhava tempo para a fuga dos comparsas, o restante do bando, já ciente da proximidade da polícia, tratou de improvisar um plano B – que consistiu em escapar no carro de um dos reféns, um Celta, de cor azul. Eles levaram dois malotes com dinheiro e objetos das vítimas.
Do lado de fora, enquanto os policiais aguardavam o tal proprietário do Uno Mille chegar ao local, a notícia sobre o roubo aos Correios soou pelo rádio transmissor da viatura alertando a todas as guarnições de plantão. Foi somente nesse momento que “caiu a ficha” sobre o verdadeiro motivo da presença de Irailson naquele local.
Revelações
Revelada a farsa do suspeito, os militares saíram em diligência e localizaram o Celta levado pelos assaltantes. O carro estava em uma Rua da Vila Amazônia. Mesmo sabendo que a “casa havia caído”, Irailson continuava a negar envolvimento com o roubo. Porém, ao ser levado para a delegacia – onde estavam as testemunhas do assalto – uma nova revelação. Por ironia do destino, uma das vítimas que foi feita refém na agência era o mesmo taxista que na noite anterior havia feito uma corrida para levar ele e um comparsa a uma residência na Rua Raimundo Ferreira, no bairro Novo Horizonte. Irailson foi prontamente reconhecido.
Buscas
Várias guarnições se deslocaram até o endereço indicado pelo taxista. Lá, os policiais encontraram os malotes com o dinheiro e parte dos objetos das vítimas. A poucos metros dali, Luiz Fernando já se preparava para fugir, quando foi identificado e preso. Os dois criminosos foram apontados por funcionários e clientes dos Correios.
Por se tratar de crime contra uma empresa da União, a dupla foi conduzida à Superintendência da Polícia Federal, em Macapá. Em um breve interrogatório os acusados disseram que apenas Irailson reside no Amapá. Luiz Fernando e uma terceira pessoa – citada por eles também como Fernando – chegaram ao Amapá há três dias. Eles são oriundos de Pernambuco e vieram estritamente para executar esse crime. Até as 22h de ontem, Irailson e Luiz Fernando permaneciam presos na sede da PF. A polícia não descarta a participação de uma quarta pessoa – que teria dado apoio logístico e fornecido informações privilegiadas.
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