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Caos na Saúde: além de perder recursos, Saúde no Amapá precisa administrar crises internas
Ações civis públicas para regularizar a falta de medicamentos, marcação de consultas e realização de procedimentos cirúrgicos. Nem as intervenções do Ministério Público Estadual foram capazes de reduzir o sofrimento e o tempo de espera
dos pacientes da rede pública de saúde. A crise no setor continua e ganha um novo viés, a análise do número de plantões realizados nas unidades hospitalares deve resultar em possíveis cortes.
No mês de agosto, os corredores do Hospital de Emergências estiveram abarrotados de macas e doentes que aguardavam uma vaga em um dos leitos. O aglomerado humano se justificou pela demora na resolução de procedimentos de pacientes que estavam internados há mais de 15 dias. O motivo seria a falta de equipamentos e material cirúrgico. Assim, a cada novo paciente que dava entrada na unidade de traumatologia, cinco outros pacientes permaneciam nos quartos.
Como se não bastasse a situação desumana das unidades hospitalares da capital, no interior também é evidente a falta de profissionais para atender a população. No final de julho, o município de Oiapoque perdeu um, dos três médicos que trabalhavam na cidade. A precariedade o atendimento ficou mais latente quando veio a público, o desespero de um paciente que sofria de apendicite e aguardava há três dias remoção na UTI aérea da Secretaria Estadual de Saúde.
Denúncias protocoladas junto ao Ministério Público dão conta de que os médicos não cumprem as cargas horárias de plantão. Na realidade, os plantões constituem uma espécie de incremento salarial. Aos profissionais que atuam na rede pública, são oferecidos plantões de 6 e 12 horas para complementar a remuneração mensal, que atinge cerca de R$ 3 mil. O secretário estadual de Saúde, Edilson Pereira alega que não esteja ocorrendo o cumprimento das escalas pelos médicos.
Esta semana, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Dorimar Barbosa afirmou que faltavam especialistas até para realizar cirurgias pediátricas. Para piorar, o Estado ficou de fora do Projeto de Consolidação da Saúde (Proesf) por que não houve prestação de contas da execução de pelo menos 30% do recurso adquirido em maio de 2010.
Indicadores do Ministério da Saúde mostram que o Amapá possui apenas cinco blocos cirúrgicos, para atender a 690 mil habitantes, quando o ideal seria pelo menos 15 blocos. A dificuldade de realizar procedimentos de alta complexidade no Estado tem representado um custo a mais para o governo. O fraco volume de investimentos na saúde público têm elevado as despesas dos chamados Tratamentos Fora do Domicílio (TFD). (Stefanny Marques/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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