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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bancários do Amapá acompanham movimento nacional e cruzam os braços

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Iniciou ontem (27) a greve nacional dos bancários, que será por tempo indeterminado. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a paralisação tem o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta qu
e atenda às reivindicações da categoria.

A categoria rejeitou propostas da Fenaban, entre elas, o reajuste de 8% no salário dos bancários. O índice representa 0,56% de aumento real. A proposta também não contempla a valorização do piso da categoria nem da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) da forma desejada pela categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários no Amapá, Edson Gomes, a categoria reuniu em assembleia na última quinta-feira (22) e sinalizou pela greve. “A Fenaban ofereceu 7,6% de reajuste que foi rejeitado. Dia 22 ofereceram mais 0,20%. Achamos que o valor não atende a categoria e decidimos pela greve por tempo indeterminado”. Segundo ele, 80% dos bancários amapaenses aderiram ao movimento, ou seja, 650 trabalhadores cruzaram os braços em 17 agências do Estado, 12 só na capital.


A proposta da Fenaban previa que os bancários que exercem o cargo de caixa, por exemplo, passariam a receber R$ 1.845,77. Os bancários por sua vez querem o piso salarial apontado como o ideal pelo Dieesse, que é de R$ 2.297,51.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, cesta alimentação, 13ª cesta, auxílio creche e babá, todos no valor de um salário-mínimo, de R$ 545,00. Planos de Cargos e Salários para todos os bancos, auxílio-educação, aumento no número de agências, mais segurança nas agências, ampliação no horário de atendimento das 9h até as 17h,fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, entre outros itens. 


A data-base da categoria em todo o país é em 1º de setembro. A pauta da campanha salarial nacional foi entregue em 12 de agosto. Segundo levantamentos da Confederação, a paralisação acontece em 25 estados mais o Distrito Federal.
Seguindo a tendência nacional, em Macapá a greve se estendeu tanto a bancos privados quanto públicos. No caso da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, na manhã de ontem, funcionários estavam reivindicando propostas em frente a algumas agências. 

Em Macapá, os bancos que fecharam suas portas foram as do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Itaú e Santander. A categoria está buscando mobilizar funcionários das demais instituições bancárias para aderir ao movimento.  Entretanto, o efetivo de 30% de funcionários nas instituições foi mantido. 


“Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos têm todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país”, disse Edson Gomes. Ele complementa que a nova greve apresenta pontos discutidos na greve realizada em 2010, entre elas Previdência complementar em todos os bancos e direitos trabalhistas. 


Em nota, a Fenaban diz que a proposta dos bancos contempla pelo oitavo ano consecutivo correção de salário com aumento real e inclui pisos salariais elevados para uma jornada reduzida. A entidade ressalta que se manteve aberta ao diálogo e apresentou duas propostas econômicas em apenas uma semana. “Por isso, a iminente possibilidade de greve é considerada fora de propósito”. “A Fenaban avalia que qualquer atitude que dificulte o atendimento aos usuários é condenável, principalmente quando a negociação pode continuar e evitar qualquer paralisação”. (Jéssica Alves/aGazeta)
 

 
FONTE: www.amapadigital.net

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