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Desperdício: postes iluminam praça durante o dia
O fornecimento de energia elétrica no Amapá ainda não atinge amplamente todas as regiões do Estado. Os municípios do interior são os que enfrentam as maiores dificuldades para acessar o serviço. Mas as barreiras encontradas na ut
ilização do sistema contrasta com o desperdício de energia que ocorre na capital. Não só nas repartições públicas, que excedem no número de lâmpadas ligadas durante a noite como também na iluminação pública desnecessária durante o dia.
Na passagem José Bonifácio, situada no bairro Jesus de Nazaré uma praça está sendo iluminada por 24 horas. O jardineiro Jasiel Magalhães, morador das redondezas, disse que o estrago de energia já ocorre há mais de 6 meses. “A energia fica ligada direto e não é de hoje que essa situação vem acontecendo. Os moradores já fizeram denúncias na CEA, mas os postes continuam acesos durante o dia”, relatou.
A reportagem de a Gazeta visitou o local por volta de 12h30 de ontem (29) e comprovou a queixa do morador. Cada cidadão amapaense paga cerca de R$ 7,93 mensais na conta de energia sobre a taxa de iluminação pública. Se multiplicarmos o número de horas em que os quatro postes da Praça ficam ligados desnecessariamente e pelos 30 dias do mês, chegamos ao resultado de 360 horas.
O valor do kw/h (quilowatt por hora) praticado pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) é de R$ 0,11 referente à taxa de iluminação pública. Novamente as contas se fundamentam da seguinte forma: somando o número de horas (360) pelo custo da tarifa, ao final de um mês, os quatro postes já desperdiçaram, durante o dia, o equivalente a R$ 169,89.
Se o estrago de energia estender-se por 12 meses, o valor sobe para R$ 2.038,69 ao ano. Na prática, os quatro postes acesos equivalem à conta de 10 residências cujo consumo médio custa R$ 200,00.
Ao elencarmos todos esses números, é possível demonstrar um diagnóstico fiel do quanto o contribuinte amapaense perde dinheiro com gastos desnecessários. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que a tarifa de iluminação pública é custeada pelas prefeituras municipais, ou seja, de qualquer forma o dinheiro sai do bolso do consumidor. Sobre o desperdício registrado no bairro Jesus de Nazaré, a assessoria de comunicação anunciou que equipes de manutenção estão apurando as denúncias e tentarão corrigir o problema. (Stefanny Marques/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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