A implantação da instituição ao norte do Amapá é um dos frutos da assinatura do Plano de Ação Franco-Brasileiro assinado na cidade de Saint Georges em 2008.
Na semana em que políticos locais discutem as inquietações e as consequências socioeconômicas que a inauguração da ponte sobre o Rio Oiapoque representará para o Estado, a Universidade Federal do Amapá (Unifap) dá uma boa notícia: o início das obras do campus binacional. A implantação da instituição ao norte do Amapá é um dos frutos da assinatura do Plano de Ação Franco-Brasileiro assinado na cidade de Saint Georges em 2008.
Os trabalhos foram autorizados pelo Governo Federal e iniciaram na última quinta-feira (22). A previsão de término é de 540 dias, cerca de um ano e meio. Uma equipe formada por técnicos e professores da instituição esteve presente no município fronteiriço para acompanhar os trabalhos iniciais. As obras importam um volume de recursos na ordem de R$ 4. 734, 824,88, captados junto ao Governo Federal por meio do Ministério da Educação (MEC).
Uma das características do campus binacional será o fortalecimento da formação indígena. A peculiaridade do município, com a maciça presença de aldeias em seu território, é a justificativa para o investimento intelectual nessas populações. O reitor da Unifap, professor José Carlos Tavares, adiantou que a meta é levar ao Oiapoque cursos voltados para a área da saúde, além dos já programados por uma comissão formada por professores de vários colegiados da Unifap. "A formação indígena nesse campo é de extrema importância para sanar esse [assistência em saúde] que é um dos maiores problemas apontados pelos próprios índios", afirmou o professor.
O reitor informou que uma equipe de professores da área de saúde será destacada para começar a formatação e estudar a viabilidade de fundação desses cursos. Crianças da rede pública de ensino e Índios de diversas etnias estiveram presentes para prestigiar o início das obras. Erlis dos Santos Karipunas, morador da aldeia do Piquiá, disse que seria ideal para os índios receber formação em saúde. "Nós estudaríamos na região e poderíamos usar os conhecimentos adquiridos para cuidar dos nossos pares", avaliou.
Já o cacique Raimundo Iaparrá observa a continuidade dos estudos das crianças na própria região como fator a ser comemorado. Após a conclusão do segundo grau era improvável a ida dos jovens à capital para estudar, as mulheres principalmente. Mesmo jovens, elas têm uma série de compromissos nas aldeias. Isso inviabiliza qualquer tentativa de formação superior. Para o cacique, "agora os índios, homens e mulheres, podem ter uma chance para desenvolver os conhecimentos".
Troca de experiências
Oiapoque é o único município brasileiro a ter, sob o ponto de vista físico, contato direto com a União Européia. A construção do campus binacional, próximo a Guiana Francesa, facilita a troca de tecnologias e mesmo o intercâmbio acadêmico. O vice-prefeito de Saint Georges, Edmard Elfort, destacou que as pesquisas realizadas pelos acadêmicos, em qualquer área do conhecimento humano, podem ser financiadas pelo governo francês. O mesmo incentivo deve ocorrer por parte do governo brasileiro para os estudantes oriundos da Guiana e França. "Os dois governos lucram com essa cooperação. Apesar da proximidade, ainda temos muito que conhecer um do outro", disse Elfort.
Campus Binacional
As primeiras obras no campus serão compostas por três blocos de salas de aula com três pavimentos cada, laboratórios de química e física, espaço de convivência e área urbanizada no entorno, no total de 5.700 m². Mais recursos devem ser alocados para a construção de alojamentos para alunos e professores, restaurante universitário, ginásio, piscina, mini cinema, garagem estaleiro para a logística de transporte, biblioteca e outros laboratórios. O primeiro vestibular para o campus binacional vai ocorrer em julho de 2012. As primeiras graduações a serem implantadas serão na área da física, química e matemática.
Os trabalhos foram autorizados pelo Governo Federal e iniciaram na última quinta-feira (22). A previsão de término é de 540 dias, cerca de um ano e meio. Uma equipe formada por técnicos e professores da instituição esteve presente no município fronteiriço para acompanhar os trabalhos iniciais. As obras importam um volume de recursos na ordem de R$ 4. 734, 824,88, captados junto ao Governo Federal por meio do Ministério da Educação (MEC).
Uma das características do campus binacional será o fortalecimento da formação indígena. A peculiaridade do município, com a maciça presença de aldeias em seu território, é a justificativa para o investimento intelectual nessas populações. O reitor da Unifap, professor José Carlos Tavares, adiantou que a meta é levar ao Oiapoque cursos voltados para a área da saúde, além dos já programados por uma comissão formada por professores de vários colegiados da Unifap. "A formação indígena nesse campo é de extrema importância para sanar esse [assistência em saúde] que é um dos maiores problemas apontados pelos próprios índios", afirmou o professor.
O reitor informou que uma equipe de professores da área de saúde será destacada para começar a formatação e estudar a viabilidade de fundação desses cursos. Crianças da rede pública de ensino e Índios de diversas etnias estiveram presentes para prestigiar o início das obras. Erlis dos Santos Karipunas, morador da aldeia do Piquiá, disse que seria ideal para os índios receber formação em saúde. "Nós estudaríamos na região e poderíamos usar os conhecimentos adquiridos para cuidar dos nossos pares", avaliou.
Já o cacique Raimundo Iaparrá observa a continuidade dos estudos das crianças na própria região como fator a ser comemorado. Após a conclusão do segundo grau era improvável a ida dos jovens à capital para estudar, as mulheres principalmente. Mesmo jovens, elas têm uma série de compromissos nas aldeias. Isso inviabiliza qualquer tentativa de formação superior. Para o cacique, "agora os índios, homens e mulheres, podem ter uma chance para desenvolver os conhecimentos".
Troca de experiências
Oiapoque é o único município brasileiro a ter, sob o ponto de vista físico, contato direto com a União Européia. A construção do campus binacional, próximo a Guiana Francesa, facilita a troca de tecnologias e mesmo o intercâmbio acadêmico. O vice-prefeito de Saint Georges, Edmard Elfort, destacou que as pesquisas realizadas pelos acadêmicos, em qualquer área do conhecimento humano, podem ser financiadas pelo governo francês. O mesmo incentivo deve ocorrer por parte do governo brasileiro para os estudantes oriundos da Guiana e França. "Os dois governos lucram com essa cooperação. Apesar da proximidade, ainda temos muito que conhecer um do outro", disse Elfort.
Campus Binacional
As primeiras obras no campus serão compostas por três blocos de salas de aula com três pavimentos cada, laboratórios de química e física, espaço de convivência e área urbanizada no entorno, no total de 5.700 m². Mais recursos devem ser alocados para a construção de alojamentos para alunos e professores, restaurante universitário, ginásio, piscina, mini cinema, garagem estaleiro para a logística de transporte, biblioteca e outros laboratórios. O primeiro vestibular para o campus binacional vai ocorrer em julho de 2012. As primeiras graduações a serem implantadas serão na área da física, química e matemática.
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