Autores e compositores da Amazônia reclamaram durante a audiência pública de discriminação no rateio das verbas do Ecad. Apesar de ter inúmeras canções executadas e
m rádios, o cantor e compositor Osmar Júnior afirmou que,
esporadicamente, recebe entre R$ 22 a R$ 50. O maior valor pago a Osmar por direito autorais foi um cheque, em marcos, enviado da Alemanha. “Guardei o cheque como lembrança, para não esquecer a discriminação que o artista da Amazônia sofre em seu próprio país”, disse.
Cantor e compositor, o atual secretário de Estado da Cultura do Amapá, José Miguel Cirillo, teve melhor sorte que Osmar. Em toda a sua carreira, ele recebeu, há quatro anos, uma única vez a quantia de R$ 4.700 por direitos autorais. “Aqui o Ecad só aparece para cobrar”, afirmou Cirilo, acrescentando que a Secult vai pagar R$ 25 mil ao Ecad referente à taxa da próxima Expofeira.
O vice-presidente da Associação de Promotores de Eventos dos Amapá, Ivo Canuti, revelou que na Expofeira do ano passado um agente do Ecap lhe telefonou de Belém e afirmou que, como gerente dos shows, ele deveria pagar R$ 50 mil. “Pedi que ele me explicasse o cálculo através do qual ele chegou a esse valor. Ao final de muita conversa, o agente do Ecad se contentou com R$ 10 mil”, contou. “Na hora de cobrar, o Ecad sabe o nosso endereço, mas quando vamos reclamar não sabemos a quem recorrer”, ironizou Ivo Canuti.
Pressionado pelos artistas e produtores locais, o gerente do Ecad, Nereu Silveira, disse que de no ano passado a unidade de Belém arrecadou R$ 1,4 milhão. Entre janeiro a julho deste ano a arrecadação atingiu R$ 1,9 milhão, um crescimento de 32,7% em relação ao mesmo período de 2010.
Silveira afirmou que o Ecad fez três tentativas frustradas de instalar escritório em Macapá. “As agências credenciadas não fizeram um trabalho adequado, por isso há quatro meses mudamos a estratégia, mantendo um técnico de arrecadação em Macapá”, informou.
FONTE: www.amapadigital.net
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