Se entrar numa agência bancária sem disparar o alarme e fugir antes da chegada da polícia já não é uma tarefa tão fácil, os ladrões da agência do Banco da Amazônia (Basa), em Macapá, terão pela frente um desafio ainda maior: gastar o dinheiro roubado. Isso porque a quantia furtada reúne um volume nada discreto. São 50 mil moedas
de R$ 1.
O crime ocorreu na madrugada de domingo (29), mas somente na manhã de ontem (30) foi descoberto. Por volta de 7h, uma funcionária se deparou com uma sala arrombada e avisou a gerência. Militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram até o local e constataram que os bandidos haviam arrombado um portão lateral e retiraram um aparelho de ar-condicionado para entrar pelo buraco na parede. O cofre principal da agência – onde estavam as cédulas de alto valor – resistiu aos criminosos. Porém, as tentativas de arrombamento acionaram o alarme e eles tiveram que fugir. Contudo, não foram embora com as mãos abanando. Eles conseguiram abrir a porta da sala onde acharam as moedas.
A Polícia Técnico-Científica (Politec) foi acionada, mas os peritos só encontraram um pé-de-cabra na cena do crime. Nenhuma digital. Isso leva a crer que os ladrões foram precavidos e usaram luvas. Durante a fuga, eles deixaram cair alguns níqueis, recolhidos pela perícia. Um boné também foi encontrado no local, o que indica pressa na hora de ir embora.
Ontem, foi a segunda vez que a polícia militar esteve na agência. Na madrugada do crime, militares do 6º Batalhão foram avisados que o alarme havia soado. Eles estiveram na agência, mas não notaram que ela havia sido violada e foram embora. “Não havia vigilância interna e nem qualquer outra pessoa que pudesse dar informações e o alarme já havia parado de tocar. Era um horário em que outras ocorrências estavam em curso e a guarnição tinha que atendê-las”, justificou em entrevista a uma emissora de televisão o major Quaresma, comandante do 6º Batalhão.
As câmeras de segurança não filmaram a ação criminosa porque os bandidos viraram as posições delas, direcionando-as para o teto e as paredes. Por enquanto, a polícia tem poucas pistas. A maior delas é o próprio dinheiro roubado. A carga pesa cerca de 350 kg. A polícia sabe que os criminosos tentarão usá-la nos próximos dias. O mais provável é que eles tentem destrocá-la em cédulas. “A população pode ajudar. Basta ficar atenta a suspeitos que tentem fazer uma comprar ou trocar uma quantidade elevada de moedas de um real em cédulas”, alertou o tenente-coronel Rômulo, comandante do Batalhão de Rádio-Patrulhamento Motorizado (BRPM). Até as 21h de ontem, os ladrões ainda não haviam se movimentado para colocar as moedas em circulação.
O crime será investigado pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia Civil, sediada no bairro do Trem.
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