A disputa pela presidência do Sindicato dos Profissionais em Educação do Estado do Amapá (Sinsepeap) foi suspensa pela Justiça. A decisão foi dada pela juíza federal do trabalho, Natasha Schneider e encaminhada a presidência do Sinsepeap na tarde de ontem (27). A liminar foi concedida para a Chapa número 3 que tem como candidata a presidente, Ivanéia de Souza Alves.
A ação judicial foi em resposta ao pedido protocolado pela chapa número 04 liderada pela professora Kátia Cilene de Mendonça Almeida. Ela pediu à comissão eleitoral do Sinsepeap a impugnação da chapa de Ivanéia porque alguns membros da chapa não estariam aptos a concorrer ao pleito por não terem prestado contas quando participaram da diretoria anterior.
Antes que a comissão eleitoral pudesse avaliar o pedido e julgar o parecer, Ivanéia se antecipou e acionou a 1° Vara Federal do Trabalho onde conseguiu expedir uma liminar garantindo a participação da chapa no processo eleitoral. Ela alegou que os membros haviam prestado contas, mas que o processo não foi analisado pelo Conselho Fiscal da entidade, não configurando falta de cumprimento do Estatuto.
Em caráter de urgência, a comissão eleitoral do Sinsepeap promoveu uma reunião com representantes das duas chapas e convocou os demais candidatos para ser informados da decisão judicial. Mesmo que a chapa denunciante - a de Kátia Cilene - retirasse o pedido que fez a comissão eleitoral, não daria tempo de o Sinsepeap reverter a decisão da juíza.
Ontem no início da noite uma saída estava sendo costurada para que a eleição fosse realizada no domingo. A proposta era de que todos os representantes das chapas assinassem um acordo conjunto concordando com a eleição. O acordo seria enviado à juíza Natasha Schneider para que fosse homologado.
Procurada pela reportagem, a candidata Kátia Cil
ene lamentou a decisão judicial classificando a atitude da concorrente como errônea e apressada. “A ação demonstra o baixo nível de competência e a fragilidade dessa dirigente sindical. Ela desrespeitou o regimento eleitoral e atrasou todo o processo por arbitrariedade”, atacou.
Ivanéia se defendeu criticando o posicionamento da comissão eleitoral que, segundo ela, não teria enviado um parecer sobre o caso em tempo hábil. “Faltou mais seriedade e imparcialidade da comissão. Eles foram omissos em ter nos notificado apenas na terça-feira. Nós recorremos por que a outra chapa nos acusou sem ter provas”, disse Ivanéia. De acordo com ela, a ação só foi ingressada na Justiça por precaução já que havia demora no parecer da comissão eleitoral do Sinsepeap.
Ivanéia Alves também exercia o cargo de diretora de formação política e sindical na atual diretoria do Sinsepeap, por isso a regularidade de suas contas foram questionadas pela chapa adversária. Ela participou da gestão de Aildo Silva, afastado da direção da entidade por suspeitas de realizar ações fraudulentas.
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