Pages

Empresa parceira

Empresa parceira

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Homicídio em Afuá: associação defende delegado que soltou acusados

ImagemA decisão de não prender quatro homens presos em flagrante sob a acusação de assassinato provocou críticas ao delegado plantonista do município de Santana, Arthur Albuquerque.
A polêmica ocorreu no domingo (22), quando militares do Batalhão de Policiamento Fluvial foram até a localidade de “Furo Seco”, no município de Afuá (PA), e apreenderam M. A.V, de 16 anos, que confessou ter sido o autor da facada que causou a morte de Adilson Rocha de Castro, 25 anos. O adolescente ainda confirmou a participação de Iranilson Freitas de Souza, vulgo “Date”, e Mailson da Silva Moraes, que teriam segurado a vítima. O menor disse também que Anderson Moraes Batista participou do delito dando cobertura – observando a aproximação de qualquer pessoa.

Todos os envolvidos foram apresentados domingo na 1ª DP de Santana. Porém, para a surpresa dos militares, o delegado Albuquerque disse que estava orientado a não receber presos vindos de outro Estado. Os policiais então tentaram contato com o juiz de plantão no Fórum de Macapá, mas não conseguiram. Sem alternativa, os policiais foram obrigados a levar os presos até o Batalhão Ambiental onde eles foram entregues as suas respectivas famílias. Ou seja, estão soltos. 

Ontem (24), o delegado Albuquerque recebeu apoio da Associação de Delegados de Polícia (Adepol), cujo presidente, Fabio Araújo, disse que a decisão em se recusar a receber os presos foi acertada. “Ele agiu de maneira correta ao não efetuar a prisão dos acusados pelo crime, já que não tinha atribuição para tal procedimento, pois no município do Afuá tem delegacia e os meliantes poderiam ser apresentados lá mesmo. Os infratores deveriam ser entregues na delegacia de lá não trazidos para Macapá”, afirmou o Araújo.

Ele também diz que se o Albuquerque tivesse realizado o flagrante, poderia cometer abuso de autoridade. “O sistema processual é muito rígido e por isso qualquer erro detectado seria anulado. Se caso ele tivesse que realizar o flagrante, a prisão teria quer ser pedida ao juiz e como a jurisdição não é de Macapá, seria anulada a prisão”, afirmou Araújo.

O crime
Segundo os suspeitos, o fato teria sido motivado por um desentendimento entre Adilson e Mailson, que confessou ter conseguido a faca e repassado para M. A.V para que juntos realizassem o crime. Adilson estaria em uma festa numa residência e teria sido visto em conversa com quatro homens. Minutos depois, seu corpo foi encontrado com uma perfuração próxima ao pescoço em um barco ancorado às proximidades da casa onde acontecia os festejos.

0 comentários:

Postar um comentário