A tarifa de ônibus praticada na capital pode ser sofrer aumento até o final de maio. Com a nova proposta, o custo da passagem ficaria em R$ 2,20 e até o mês de setembro, em R$ 2,40. O reajuste não acontecia desde julho de 2008, quando ficou estabelecido o valor de R$1,95. No mesmo ano, a Justiça decidiu através de uma liminar, baixar o valor para R$1,90.
A decisão veio após três reuniões do Conselho Municipal de Transportes, em que participaram oito membros do Conselho, como o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Setap) e a Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU) e o Sindicato dos Urbanitários. O Setap apontou o valor de R$ 2,57 para a nova tarifa e a EMTU colocou uma contraproposta, alegando que o valor não estava baseado na planilha de custos para a manutenção dos veículos. Foi então, que surgiu a proposta de o preço da passagem ser fixado em R$ 2,30. O sindicato patronal se posicionou contra e informou que só acataria sobre o novo valor, se o município o isentasse da cobrança de impostos.
No entanto, na última reunião realizada, o Conselho Municipal de Transportes votou pela tarifa de R$ 2,16 – baseada no cálculo feito pela EMTU. O movimento estudantil, representado pela União Municipal de Estudantes Secundaristas (Umes) optou pelo valor de R$ 2,20 como forma de facilitar o troco nos coletivos. Foram favoráveis a este valor, EMTU, Ministério Público, Procuradoria Geral do Município (Progem), Federação das Associações de Moradores, UMES e o vereador Gian do Nae (PMDB), que representou a bancada municipal da Câmara de Macapá.
O representante da União dos Estudantes dos Cursos Secundaristas do Amapá (Uecsa), Pedro “Filé” Lourenço, repudiou o acordo e prometeu organizar manifestos contra o aumento. Ele também criticou o posicionamento da Umes, que segundo ele, deveria votar contra qualquer reajuste de tarifa. Track Eden, presidente da entidade estudantil, justificou o voto lembrando que havia ainda outra proposta mais alta. “Dos males, o menor. Jogaram na mesa uma proposta de 2,70. Nós votamos a favor da proposta mais baixa”, ponderou.
De acordo com levantamentos da Prefeitura de Macapá, a arrecadação anual do SETAP fica em torno de R$ 3.459.668,47. E para atender ao número de usuários deste serviço, que só na capital ultrapassa 300 mil pessoas, circula diariamente uma frota de 157 veículos de oito empresas de transportes. E mais 36 ônibus estão nos pátios das companhias de transporte e são utilizados como reservas.
A proposta do reajuste segue agora para a Câmara Municipal de Macapá para votação. Se aprovada, o novo valor da tarifa retorna ao poder executivo municipal para a sanção do prefeito Roberto Góes.
fonte: amapadigital
0 comentários:
Postar um comentário