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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Crise na Cultura: artistas realizam novo protesto contra o Governo

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Ato foi considerado pelos eles como o ponto alto das manifestações contra o projeto de lei que se aprovado, dará o controle do Conselho de Cultura para o governador do Estado.

Representantes do Conselho Estadual de Cultura, Coletivo de Artistas e Produtores Técnicos em Teatro (Captta) e de outros segmentos
artísticos realizaram mais um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Estado. Com início na noite de terça – feira (13), eles madrugaram no local até ontem (14).

O ato foi considerado pelos artistas como o ponto alto das manifestações contra o projeto de lei do governador Camilo Capiberibe que, se aprovado, lhe dará controle absoluto sobre o Conselho de Cultura. Os manifestantes informaram que o acampamento é uma forma de chamar a atenção dos deputados em relação ao descontentamento sobre o projeto.

“Por muitos anos, lutamos para que se totalizasse uma igualdade entre todos os segmentos e esse projeto destrói a democracia que conquistamos”, criticou o presidente do Captta, Claudio Silva. Ele afirma que os protestos realizados pela categoria são batalhas travadas com o poder público, em que no total, duas foram ganhas, quando conseguiram desarticular a plenária, na semana passada, e ganhar tempo para a realização do novo ato. “Nas avaliações que fizemos, essa é nossa quarta luta e vencemos apenas duas, mas nosso movimento não vai se calar, mesmo se o resultado da votação não for favorável”, diz.

Além disso, o protesto reforçou o pedido do Conselho em relação a investigações de recursos gastos pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), que segundo o presidente, João Pórfiro Freitas, há suspeitas de irregularidades, especialmente na realização de eventos de grande porte, como Carnaval, Quadra Junina e Equador Verão.

Paródias
Para manifestar a indignação, os artistas novamente estavam munidos de faixas, cartazes e diversos acessórios, como nariz de palhaço e apitos. O secretário de Cultura, José Miguel Cirilo, foi o principal alvo de críticas dos manifestantes. Até uma paródia, de autoria do diretor teatral, Washington Silva, foi composta. A canção “Kaizé” foi baseada na música “Vida Boa”, do próprio secretário.

“Devemos lembrar ao secretário que essa gestão ‘vida boa’ beneficia a poucos, mas ela pertence a todos. Atualmente a gestão da Secult é negativamente restrita. Mas não vamos nos cansar, pois escolhemos a cultura como forma de vida e queremos garantir nossos direitos”, afirma Washington. 

Claudio Silva reforça que a categoria entrou em contato com os deputados para manifestar a critica em relação ao projeto de lei. “Desde o momento que recebemos a noticia, passamos a conversar com alguns deputados, que se manifestaram a favor do movimento, jogando o projeto por terra. Mas entendemos que alguns deputados têm compromissos partidários com o governo e nossa manifestação tem como objetivos convencem-los da importância de garantir a continuidade de um trabalho feito de forma aguerrida pelo conselho”, concluiu. (Jéssica Alves/aGazeta)
 
FONTE: www.amapadigital.net

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