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Caso Willian Martins: delegado afirma que não prevaricou
O delegado plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval, Marko Scaliso, afirmou ont
em (16) durante entrevista a reportagem de a Gazeta, que não prevaricou. Ele contestou a acusação de familiares de Willian de Freitas Martins, de 24 anos, que faleceu na semana passada em decorrência de um acidente de trânsito ocorrido no feriado de 7 de setembro.
“Eu agi conforme a lei manda. Naquele momento eu não poderia autuá-la em flagrante, porque o próprio condutor, o sargento M. Flexa da Polícia Militar, disse que ela havia permanecido no local. E como manda o artigo 301 do código de trânsito, ninguém pode ser preso em flagrante, ou ser submetido a pagamento de fiança se ficar no local do fato e prestar socorro a vítima”, disse Scaliso se referindo a soldado do Corpo de Bombeiros Francilene Lima de Aquino Oliveira, de 26 anos, acusada de provocar a fatalidade.
Marko também garantiu que não recebeu informação de que a acusada teria tentado fugir do local. E por isso encaminhou o inquérito para a Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsitos (Deatran). “Não tinha como fazer o flagrante de homicídio naquele momento. Ouvi o condutor. Ela [Francilene] também foi ouvida e liberada. Não cabia outro procedimento. O rapaz faleceu dois dias depois. Se eu faço a autuação seria apenas de lesão corporal. Tudo o que fiz foi baseado nos depoimentos do condutor e da acusada. Não havia nenhuma testemunha na delegacia”, esclareceu.
Sobre a embriagues, o delegado disse que pelo fato de Francilene ter se negado a realizar o teste do bafômetro, também se tornou impossível a autuação da soldado. “Ninguém é obrigado a constituir provas contra si mesmo. Embora ela tenha confessado durante o depoimento que estava sob efeito de bebida alcoólica, não tinha como fazer o flagrante sem provas técnicas. Só quem poderia nos dar isso era o resultado do etilômetro, ou o exame de sangue feito na Politec. E todos dois só podem ser feitos se a pessoa permitir”, explicou Marko.
Durante toda a semana, o delegado titular da Deatran, Adelton Gomes, ouviu pessoas que presenciaram o acidente. De acordo com ele, Francilene será intimada e indiciada nos próximos dias. “Não há dúvidas de que ela tenha provocado o acidente. As testemunhas são unânimes em dizer que ela avançou a preferencial e que estava com forte odor de bebida alcoólica. Portanto, arcará com as consequências e responderá pelo crime”, finalizou Gomes.
O fato
O acidente aconteceu por volta das 22h do dia 7 de setembro, no cruzamento da Rua Leopoldo Machado com a Avenida Marcílio Dias, no bairro Jesus de Nazaré – Zona Norte da cidade. Willian ficou gravemente ferido depois que a motocicleta que ele conduzia – uma Suzuki, cor azul, placa NEV-7969 –, foi atingida por um veículo, que segundo informações de testemunhas, avançou a preferencial. O automóvel de modelo Fiesta Sedan, cor vermelha, placa NFA-9996, era dirigido por Francilene. Ainda de acordo com relatos de pessoas que presenciaram o fato, a militar apresentava visíveis sintomas de embriaguês alcoólica, e tentou fugir do local após o acidente. Porém, ela foi impedida por populares. A todo o momento, a acusada de provocar o acidente informava que o sinal estava “azul” para ela. O que chamou a atenção de todos, já que no cruzamento não há semáforo.
O rapaz teve fratura exposta no braço e na perna. Um médico que estava a passeio e passava no momento do acidente, prestou os primeiros socorros à vítima. Depois a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) conduziu o estudante para o Pronto Socorro. De acordo com o prontuário do hospital, ele já chegou inconsciente naquela casa de saúde. Horas depois, pela falta de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e de equipamentos apropriados, Willian foi transferido para uma clínica particular, onde faleceu na madrugada do dia 9. (Elen Costa/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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