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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sem ações efetivas, só aumenta o número de acidentes com mortos no Estado

ImagemUm acidente fatal com quatro vítimas encorpou mais um índice as estatísticas de acidentes de trânsito este ano. Os choques e colisões são as principais causas do crescente número de registro no Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTRAN). De janeiro a julho, o órgão já contabilizou 103 acidentes envolvendo batidas desse tipo. Até a tarde de segunda-feira (12) as duas únicas sobreviventes – Daiane Costa Andrade, de 24 anos, e Marta Maria Araújo da Costa, de 34 – encontravam-se em estado grave no Hospital de Emergências.
 

Dois veículos se chocaram por volta das 17h00 de domingo na rodovia estadual Alceu Paulo Ramos, próximo a localidade de Lontra da Pedreira. Um dos condutores teria tentado desviar de um motocilista e acabou colidindo com o outro carro que vinha em direção oposta. Morreram no local do acidente: Manoel Ferreira Sena, de 52 anos; Fernando da Silva Saraiava, de 21, Michel Jackson de Souza Andrade, 24, e Aline Carvalho da Costa, 22.
 
Minutos após o acidente, era possível perceber as pessoas imprensadas em meio as ferragens retorcidas. Um dos carros foi completamente achatado, e o outro capotou, deixando uma das vítimas de cabeça para baixo inconsciente, e outras duas com partes do corpo para fora do veículo.
 
O impacto e a gravidade deste acidente demonstram que o Estado ainda não estabeleceu um plano eficiente para inibir violências no trânsito. As campanhas educativas têm apresentado resultados inconsistentes e não estão sendo capazes de reprimir a imprudência dos condutores.
 
O Núcleo de Educação do Departamento Estadual de Trânsito (Neduc/Detran) divulgou apenas uma morte no período de férias. E o BPTRAN, vinculado a Polícia Militar contabilizou 127 acidentes com vítimas, dados ignorados pelo relatório. No mês de julho, o Detran anunciou que os convênios firmados no início de 2011 levariam ações educativas neste segundo semestre ao interior do Estado. 
 
As operações de trânsito têm sido desfalcadas ainda pelo desrespeito e a sensação de impunidade. Rorinaldo da Silva Gonçalves, tenente do BPTRAN que esteve de plantão neste final de semana, explica que outros acidentes de grande proporção já aconteceram no mesmo local por causa de uma curva acentuada. Há indícios de que um dos condutores dirigia alcoolizado, por que haviam latinhas de cerveja espalhadas por um dos carros.
 
Outra informação repassada pelo oficial indica que as marcas no asfalto apontam que não houve frenagem. “Do jeito que os carros vinham, eles bateram”, ratificou o tenente. Ele disse ainda que um dos veículos foi arrastado por cerca de 2 metros além do espaço de colisão, diante da velocidade que era imprimida na hora da batida.
 
Mesmo sabendo que pode autuado pelo artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o condutor persiste em dirigir embriagado. O tenente do Batalhão de Trânsito classifica esse tipo de atitude. “A impunidade é o combustível para que as pessoas continuem alimentando as condutas ilícitas”, afirmou. O BPTRAN tem utilizado três etilômetros emprestados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para medir o teor alcoólico dos motoristas. “Os nossos etilômetros estão vencidos e precisam de um processo licitatório para passar pela verificação anual”, explicou o tenente, para o uso dos populares bafômetros, emprestados.
 
Nem as fiscalizações constantes conseguiram estancar ou pelo menos reduzir o número de mortos em acidentes deste tipo. Concentrar as atividades em regiões que reúnem um elevado número de pessoas nos fins de semana, seria uma forma de controlar o acesso a essas localidades e as condições de trafegabilidade dos condutores. (Stefanny Marques/aGazeta)

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