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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Hospitais serão vistoriados pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara

Hospitais de Urgência e Emergência de todo o país serão avaliados pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados por meio de uma comitiva composta de Deputados Federais e Estaduais, por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Ministério Público e por médicos especializados em diferentes áreas. O objetivo é analisar a situação em que se encontram os pacientes dessas unidades e a demora no atendimento.
A solicitação para as diligências é de autoria do primeiro vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Deputado Domingos Dutra (PT/MA), e pelo Deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA). São Paulo é o primeiro estado a ter seu sistema de saúde investigados, mas todo o Brasil receberá a comissão. Pós concluir as diligências nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro será produzido um relatório de avaliação para servir como base nas demais unidades da Federação. “Diante do caos instaurado nos hospitais de urgência e emergência de todo o Brasil, se torna necessário a realização de constantes visitas nas unidades hospitalares para garantir melhor atendimento para a população carente que padece e, muitas vezes, morrem nos corredores de hospitais”, descreve o Deputado Domingos Dutra no requerimento apresentado à Comissão.
De acordo com Domingos Dutra, a saúde do Brasil está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os hospitais de urgência e emergência mais parecem centros de concentrações de guerra. “Não é exagero. Quem precisa de assistência médica hospitalar pública de emergência pena nas filas por um tratamento básico. Quando internados, muitos ficam sentados ou deitados nos corredores por falta de leitos”, descreve o parlamentar ao lamentar que parte da população é tratada de maneira desumana. “São feridos nos corredores, constantes gemidos, pessoas com fraturas expostas e muitas súplicas por atendimento”, detalha o parlamentar.
O Deputado classifica, também, de grave a situação dos profissionais de saúde, que trabalham nos hospitais de urgência e emergência: “São médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, ortopedistas e tantos outros, com remuneração irrisória e carga de trabalho exaustiva, além de permanecerem em um ambiente insalubre e com equipamentos rudimentares”.

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