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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

De dentro do Iapen, traficante dá as ordens para prosseguimento dos “negócios”

ImagemSegundo as investigações, “Beto”, 34 anos, elegeu o irmão, “Caio”, 42 anos, para dar continuidade na compra, transporte, refino e revenda de dr
ogas. Mesmo preso, o caçula dava os comandos para o mais velho.

Após quatro meses de investigação, agentes da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), conseguiram prender, em flagrante, José Carlos Gonçalves Negrão, o “Caio”, de 40 anos. A operação aconteceu na noite desta terça-feira (13). O acusado foi monitorado durante todo o dia. Por volta das 22h, os policiais invadiram a residência do suspeito, que fica localizada na Avenida 17 de julho, no bairro Novo Buritizal – Zona Sul de Macapá –, onde encontraram parte do produto. O restante estava escondido dentro de monitores de computadores, no último andar de um prédio, situado ao lado da casa, onde Caio trabalhava como zelador.

Segundo informações de Antônio Uberlândio Gomes, delegado titular da especializada, a prisão de José Carlos foi o desdobramento de uma ação ocorrida em junho, quando o irmão dele, Alberto Gonçalves Negrão, o “Beto”, de 34 anos, e a cunhada, Josélia de Oliveira Chucre, de 28, foram flagrados com mais de 30 quilos de entorpecente. “Tivemos a informação que fora da cadeia o Caio era o braço direito do irmão e foi eleito por ele para dar continuidade no tráfico de drogas. E que mesmo preso, o Beto continuava comandado o crime lá de dentro da penitenciária”, esclareceu o delegado.

Ainda de acordo com a autoridade policial, o acusado usava um dos apartamentos do prédio residencial como laboratório artesanal para o refino do entorpecente. “Somente ele [Caio] tinha acesso ao térreo do edifício. Montou uma espécie de empresa que fazia manutenção em computadores como fachada para o negócio ilícito. Era lá que ele fazia a manipulação e o arqueamento da droga”, disse Gomes.

Cerca de 1 quilo de pedra de crack, 18 porções de “merla” – mistura do crack com solução de bateria e barrilha –, e apetrechos utilizados para a confecção e embalagem do produto, foram apreendidos. Em seguida, foram apresentados juntamente com José Carlos na delegacia. Em entrevista, Caio negou que praticasse o crime e disse não saber como os produtos foram parar em sua casa e em seu local de trabalho. Porém, durante o depoimento ele acabou confessando o crime ao delegado. “Ele disse que realmente guardava a droga e o material, mas ressaltou que o produto pertencia a um irmão que está preso”, disse Uberlândio.

A companheira de Caio, Z.C.B, de 32 anos, também foi levada para a delegacia, mas liberada após prestar esclarecimentos. Segundo Uberlândio, não há indícios que a incrimine. “Ela colaborou com a gente e ficou comprovado que ela não era envolvida. Mas já a alertei para não tentar se envolver no tráfico após a prisão do marido. Caso contrário, da próxima vez ela vai para a cadeia”, alertou a autoridade.

Na manhã de ontem (14), José Carlos foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e depois dos tramites legais, foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciário (Iapen), onde deve ficar recluso até o julgamento. Se condenado, ele poderá receber até 15 anos de prisão. (Elen Costa/aGazeta)
 
FONTE: www.amapadigital.net

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