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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sem reajuste na tarifa, empresas ameaçam parar

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Com dois sucessivos aumentos no preço do diesel em menos de 30 dias, as empresas de ônibus e
levaram o custo de suas operações, segundo informa o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amapá (Setap). A entidade já fala em paralisação caso não seja dada uma definição sobre o reajuste no preço da tarifa, que não é atualizada há quase quatro anos. O último reajuste ocorreu em agosto de 2011, por decisão da justiça.
Para o presidente do Setap, Décio Melo, o percentual é um impacto “muito relevante” para a categoria e prejudica “ainda mais” os investimentos do setor. Décio cita como exemplo a cidade de Curitiba, onde hoje a tarifa é de R$ 3,30 e mesmo assim houve paralisação porque não remunera o custo das empresas de lá. “Imagine por analogia o que acontece em Macapá, onde as vias estão esburacadas acarretando em um elevado custo operacional. Isso sem falar no excesso dos clandestinos, falta de sincronização de semáforos, falta de corredor para ônibus, enfim, falta de prestígio para um transporte que é público!”, desabafa
Por lei, as empresas podem pedir revisão extraordinária da tarifa de ônibus em função de aumento significante no preço do insumo (combustível) e o Setap já adiantou que vai usar desse recurso na justiça. “Não vemos outro recurso (referindo-se a uma paralisação das empresas), mas esperamos que não ocorra. Esse aumento de agora não temos como segurar, sem uma atualização tarifária”, afirma.
A maioria das capitais já repassou aumento nas passagens, mas, segundo o Setap, Macapá insiste em estrangular o sistema com congelamento tarifário, impedindo a oferta de serviço adequado. Outro ponto que vai gerar conflito é com a necessidade de reajuste dos salários da categoria, pois não há como aumentar salários sem a devida correção das tarifas.
Hoje Macapá é a Capital com a menor tarifa de ônibus do país. “Será que todas as outras capitais estão equivocadas, só a prefeitura de Macapá tem razão?”, declara Décio Melo.
Um estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) já alertava no início do mês sobre o impacto que o aumento no preço do diesel causaria em várias capitais, dentre elas o Amapá. Mesmo com a desoneração do ICMS sobre o óleo diesel, concedida em 2013, o custo é alto, considerando que o diesel utilizado nos ônibus é quase o mesmo preço da gasolina nas bombas.

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