
Técnicos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) afirmaram durante o
encontro que o cruzamento de informações apontou que das 400 crianças
fora da sala de aula, mais de 100 estão cadastradas nas filas de espera
do Estado e do Município, sendo que algumas delas estão até
matriculadas. A proposta estadual também definiu mais vagas para o
quarto e o quinto anos do ensino fundamental na rede pública estadual,
para paralelamente abrir uma oferta maior no primeiro ano nas escolas
municipais, onde há a maior demanda, com 99 crianças.
A prefeitura de Macapá também apresentou proposta. A intenção é
oferecer mais 150 vagas nas escolas de ensino fundamental para comportar
as crianças que ficaram fora de sala de aula. A medida será adotada com
ampliação de espaços existentes e a criação de outros nos colégios com
capacidade. A Secretaria Municipal de Eduação (Semed) garantiu que os
alunos matriculados no período regular não serão afetados.

Para o MP, houve falta de planejamento, tanto da rede pública quanto
dos pais das crianças, que deixam de comparecer à chamada escolar ou
procuram as vagas para os filhos somente depois do encerramento das
matrículas.
"O Estado e o Município têm que dar um jeito de acomodar as crianças a
qualquer custo sem prejudicar o início do ano letivo", falou o promotor
da Infância e da Juventude Alexandre Monteiro.
A promotoria informou que os pais também podem ser responsabilizados
sob o crime de abandono intelectual, previsto no artigo 246 do Código
Penal, em caso de falta de interesse em matricular os filhos na escola. A
pena pode chegar a 15 dias a um mês de detenção ou pagamento de multa.
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