Foi adiado para 17 de abril o julgamento de Josinei Ferreira Miranda,
de 25 anos. Ele é acusado de assassinar o aposentado Mário Ivo Portela, morto aos 82 anos, em 2014.
A audiência foi adiada por causa da continuação do julgamento de cinco
policiais militares acusados de homicídio. É a terceira vez que o caso
deixa de ser apreciado pela Justiça, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da
Comarca de Macapá. As outras duas aconteceram no mesmo ano do
assassinato do idoso.
“Infelizmente vamos esperar mais um pouco para justiça ser feita. A
família está ansiosa para que a gente tenha um desfecho desse caso, mas
também compreendemos o grande volume de processos”, comentou o
empresário Francisco Portel, de 40 anos, filho da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), o réu é acusado de
homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de
menores por causa do envolvimento de uma menor de 14 anos no
assassinato.
O inquérito do MP foi com base na investigação da Polícia Civil, que
apurou a morte do aposentado. O caso ganhou grande repercussão porque a
vítima era o patriarca de uma família de empresários em Macapá. O réu chegou a confessar o crime na delegacia, mas negou a participação durante o andamento do inquérito policial.
A menor apreendida à época do crime foi levada para a Delegacia de
Investigação de Atos Infracionais (Deiai) e está à disposição da Vara da
Infância e Juventude. Ela negou em depoimento, segundo a polícia,
qualquer envolvimento com o idoso e lamentou que a única tristeza no
caso seria "a saudade que vai sentir do namorado preso".
João Neto, delegado responsável pela investigação, disse à época da prisão dos suspeitos que os autores do crime são ‘frios e dissimulados’. Um dia após o desaparecimento, a família registrou Boletim de Ocorrências.
Crime
O crime teria sido motivado por vingança. O acusado disse à polícia que tinha desavenças com o idoso. Ele havia prestado serviços motorista à vítima. "Esse foi o motivo da rixa, pois o suspeito afirmou que Ivo o chamou de 'ladrão' após acusá-lo de ter passado três dias desaparecido com o carro dele em novembro [de 2013]", afirmou o delegado João Neto, em entrevista dada no dia em que o corpo do idoso foi encontrado.
O crime teria sido motivado por vingança. O acusado disse à polícia que tinha desavenças com o idoso. Ele havia prestado serviços motorista à vítima. "Esse foi o motivo da rixa, pois o suspeito afirmou que Ivo o chamou de 'ladrão' após acusá-lo de ter passado três dias desaparecido com o carro dele em novembro [de 2013]", afirmou o delegado João Neto, em entrevista dada no dia em que o corpo do idoso foi encontrado.
Segundo a investigação baseada em depoimentos do acusado, a morte do
idoso ocorreu por volta de 5h30 do dia 27 de janeiro, após a vítima ter
sido surpreendida pelo homem dentro da casa onde morava. Ivo Sampaio foi
morto com um golpe de faca desferido no pescoço, segundo a polícia.
Ainda segundo a polícia, o corpo do idoso foi colocado no porta-malas
do próprio carro e o acusado, junto com a menor apreendida, passaram
toda a manhã de segunda-feira circulando no veículo por vários pontos de
Macapá. O casal teria chegado a dar carona a duas pessoas. A polícia
descartou a participação delas no crime.
O carro do idoso foi encontrado em uma lavagem localizada no bairro
Trem, Zona Sul de Macapá. O veículo estava com sangue no porta-malas. O
aposentado havia sido visto pela última vez na casa onde morava, no
bairro Infraero 1, Zona Norte da cidade.
Na sequência, o homem e a menor seguiram para o local onde o corpo de Ivo Sampaio foi enterrado, no município de Mazagão,
a 32 quilômetros de Macapá. Nesse ponto, houve a inclusão da terceira
pessoa envolvida no crime, segundo a polícia, um jovem de 19 anos, que
foi indiciado por ocultação de cadáver. De acordo com as investigações,
ele teria ajudado a enterrar o corpo do idoso em uma cova de
aproximadamente um metro.
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