Edilson Pereira não atendeu ao documento enviado no dia 26 de agosto. Agora, ele terá 48 horas para providenciar os atendimentos médico-cirúrgicos, sob pena de ser multado em R$ 1 mil ao dia.
O secretário estadual de saúde, Edilson Pereira, receberá hoje de manhã (7) uma intimação da Justiça Federal para providenciar, num prazo de 48 horas, a realização de cirurgias ortopédicas no Hospital Alberto Lima (HCAL). O documento saiu um dia após denúncia de a Gazeta, que relatou a história da educadora Rosiclé Sardinha Gonçalves, que sofre há oito meses por atendimento médico.
Durante todo o dia de ontem (6), ela percorreu os corredores do HCAL para falar com a diretora da unidade, Sandra Elisa Pereira. A intenção era agilizar o procedimento da paciente e encaminhá-la à operação. Segundo Rosiclé, o ferimento já infeccionou e ela tem lançado mão de gases e insumos para estancar as secreções. Mas quando tudo parecia resolvido, Sandra Elisa Pereira – que preferiu não ser fotografada – chamou a chefe do centro cirúrgico, Edilene Castro para conversar com a Rosiclé.
Edilene explicou que a empresa Síntese Órteses e Próteses Hospitalares – que fornece os materiais cirúrgicos para a Secretaria de Saúde – interrompeu a distribuição. Informações extraoficiais dão conta de que a Sesa estaria em atraso de pagamento com a empresa.
Rosiclé argumenta que o caso já extrapolou as instâncias clínicas e agora só pode ser tratado de forma jurídica. “Tenho certeza de que esses pinos já calcificaram no meu osso, não posso mais perder tempo”, desesperou-se. Um exame mais detalhado pode comprovar as suspeitas da paciente, de que o osso da perna direita já está ou não acoplado a prótese.
“Para mim, essa desculpa de falha com o fornecedor não cola mais. Se a Secretaria de Saúde quisesse, ela poderia autorizar a minha cirurgia em outra rede hospitalar ou até mesmo na rede privada, mas acontece que eles (a Sesa e o Governo do Estado) não têm respeito com a gente”, declarou.
Acostumada às negativas do serviço público, Rosiclé Gonçalves recorreu à Justiça Federal para intermediar o caso. O documento assinado pelo juiz João Bosco da Silva foi encaminhado a Secretaria de Saúde (SESA) no dia 26 de agosto, e deveria ter originado em uma resposta em um prazo limite de 10 dias. A decisão expõe ainda que, esgotadas as tentativas de realizar a operação, o Estado deve arcar com os custos do atendimento médico-cirúrgico na rede privada de Saúde. Além disso, o documento estipulou um prazo de 72 horas para que o Estado desse início ao cumprimento das determinações. E caso houvesse omissão da administração público em cumprir a decisão, que fosse assinalada multa diária no valor de R$ 5 mil ao dia em favor dos pacientes lesados. E ainda, institui multa pessoal, no valor correspondente a 20% sobre o valor atribuído a causa (R$ 1 mil), ao secretário estadual de Saúde, Edilson Pereira.
Ortopedistas suspendem atendimento
A falta de fornecimento de materiais cirúrgicos tem comprometido outra ponta do serviço: a atividade médica. Nesta quinta, o presidente do Sindicado dos Médicos (Sinmed) Fernando Nascimento comunicou “que está suspensa a transferência de pacientes do Pronto Socorro para o Hospital Geral por falta de material para realizar as operações”. A medida vem associada a uma quebra de acordo entre a Secretaria de Saúde e os especialistas da área de ortoedia e traumatologia. “O acordo com os médicos da ortopedia era para que eles fizessem cirurgias de média e alta complexidade no HCAL. Acontece que foi pago apenas o mês de setembro, os atendimentos do mês de agosto ainda estão em aberto”, sentenciou Fernando Nascimento.
O presidente do Sinmed disse ainda, que a SESA está ciente da situação e tem imputado aos médicos, a responsabilidade pela demora e suspensão dos atendimentos. “A culpa não é nossa, a culpa é do gestor”, anuncia.
Durante todo o dia de ontem (6), ela percorreu os corredores do HCAL para falar com a diretora da unidade, Sandra Elisa Pereira. A intenção era agilizar o procedimento da paciente e encaminhá-la à operação. Segundo Rosiclé, o ferimento já infeccionou e ela tem lançado mão de gases e insumos para estancar as secreções. Mas quando tudo parecia resolvido, Sandra Elisa Pereira – que preferiu não ser fotografada – chamou a chefe do centro cirúrgico, Edilene Castro para conversar com a Rosiclé.
Edilene explicou que a empresa Síntese Órteses e Próteses Hospitalares – que fornece os materiais cirúrgicos para a Secretaria de Saúde – interrompeu a distribuição. Informações extraoficiais dão conta de que a Sesa estaria em atraso de pagamento com a empresa.
Rosiclé argumenta que o caso já extrapolou as instâncias clínicas e agora só pode ser tratado de forma jurídica. “Tenho certeza de que esses pinos já calcificaram no meu osso, não posso mais perder tempo”, desesperou-se. Um exame mais detalhado pode comprovar as suspeitas da paciente, de que o osso da perna direita já está ou não acoplado a prótese.
“Para mim, essa desculpa de falha com o fornecedor não cola mais. Se a Secretaria de Saúde quisesse, ela poderia autorizar a minha cirurgia em outra rede hospitalar ou até mesmo na rede privada, mas acontece que eles (a Sesa e o Governo do Estado) não têm respeito com a gente”, declarou.
Acostumada às negativas do serviço público, Rosiclé Gonçalves recorreu à Justiça Federal para intermediar o caso. O documento assinado pelo juiz João Bosco da Silva foi encaminhado a Secretaria de Saúde (SESA) no dia 26 de agosto, e deveria ter originado em uma resposta em um prazo limite de 10 dias. A decisão expõe ainda que, esgotadas as tentativas de realizar a operação, o Estado deve arcar com os custos do atendimento médico-cirúrgico na rede privada de Saúde. Além disso, o documento estipulou um prazo de 72 horas para que o Estado desse início ao cumprimento das determinações. E caso houvesse omissão da administração público em cumprir a decisão, que fosse assinalada multa diária no valor de R$ 5 mil ao dia em favor dos pacientes lesados. E ainda, institui multa pessoal, no valor correspondente a 20% sobre o valor atribuído a causa (R$ 1 mil), ao secretário estadual de Saúde, Edilson Pereira.
Ortopedistas suspendem atendimento
A falta de fornecimento de materiais cirúrgicos tem comprometido outra ponta do serviço: a atividade médica. Nesta quinta, o presidente do Sindicado dos Médicos (Sinmed) Fernando Nascimento comunicou “que está suspensa a transferência de pacientes do Pronto Socorro para o Hospital Geral por falta de material para realizar as operações”. A medida vem associada a uma quebra de acordo entre a Secretaria de Saúde e os especialistas da área de ortoedia e traumatologia. “O acordo com os médicos da ortopedia era para que eles fizessem cirurgias de média e alta complexidade no HCAL. Acontece que foi pago apenas o mês de setembro, os atendimentos do mês de agosto ainda estão em aberto”, sentenciou Fernando Nascimento.
O presidente do Sinmed disse ainda, que a SESA está ciente da situação e tem imputado aos médicos, a responsabilidade pela demora e suspensão dos atendimentos. “A culpa não é nossa, a culpa é do gestor”, anuncia.
FONTE: A Gazeta
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