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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Intimação enviada ao Secretário de Saúde continua sem resposta

A falta de material ortopédico tem sido apontada pela equipe de enfermeiros e médicos como a principal razão do atraso nas cirurgias.
O jornal a Gazeta acompanha há duas semanas, a “via crucis” da educadora Rosiclé Sardinha Gonçalves, indignada com o tratamento dispensado no serviço público de saúde. Ela tenta realizar a retirada de pinos da perna direita há 8 meses. Para isso, já acionou o Ministério Público Estadual, Federal, a assessoria jurídica da Secretaria de Saúde (SESA) e desde o mês de agosto, busca através da Justiça Federal a garantia para realizar o procedimento, avaliado em R$ 11 mil.
Na tarde de terça (11), a paciente recebeu um telefonema de uma enfermeira do Centro Cirúrgico do Hospital Alberto Lima (HCAL). “Dona Rosiclé, o seu procedimento estava agendado para esta quinta, dia 13, mas por falta de material cirúrgico, não poderá acontecer”, informou a voz ao telefone para o desespero da paciente.
Na sexta passada, o juiz federal João Bosco da Silva intimou o secretário estadual de Saúde (Sesa), Edilson Pereira a realizar o cumprimento da decisão deliberada no dia 26 de agosto. O documento exigia a resolução do caso em um prazo de 48 horas, sob pena de acarretar multa diária no valor de 5 mil e mais 20% deste valor como punição ao secretário de saúde pelo descumprimento da ordem.
A atitude enérgica e imediata do juiz federal gerou esperança na educadora, que alimentou a certeza da realização da cirurgia. “Eu confiei na Justiça Federal, afinal de contas, como cidadã eu já não tinha mais a quem recorrer”, comentou Rosiclé Sardinha. Mas até o fechamento desta edição na terça-feira, nem a SESA havia enviado qualquer documento formal a Justiça relatando os procedimentos adotados, tampouco foi apresentada uma explicação plausível a paciente sobre a demora na marcação.
“Indignação é a palavra que traduz todo esse meu sofrimento. Aliada a sensação de impotência e de fraqueza frente ao poder público, que nada faz para amenizar a nossa dor, e coloca a culpa na burocracia”, desabafou a paciente, na tarde de ontem.
Em conversa por telefone com o secretário de Saúde, o juiz federal João Bosco questionou o caso da paciente e pediu que Edilson Pereira pudesse estipular um prazo para encaminhar a situação. O secretário de saúde teria dito que até esta sexta-feira, Rosiclé Sardinha Gonçalves seria comunicada sobre uma provável operação.

A GAZETA

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