No feriado de quarta (12), um atentado criminoso deixou intrigados os funcionários e o diretor presidente da TV Macapá, afiliada a TV Band. Por volta das 24h00, um dos carros da empresa foi incendiado na sede da emissora. O veículo estava l
ocalizado no pátio da empresa, próximo ao gerador de energia – que guardava 200 litros de combustível - um segundo veículo e a torre de transmissão do canal. O Corpo de Bombeiros descartou a hipótese de autocombustão. Nos próximos 30 dias deve ser concluído o laudo da Polícia Técnico-Científica (Politec) que apura as causas do acidente.
Esta é a segunda vez que um veículo de comunicação do Estado é vítima de atentado. No dia 4 de setembro de 2010, em meio as agitações do período de campanha eleitoral, o prédio da TV Marco Zero afiliada a Rede Record também sofreu ataque. Desta vez, provocado por três criminosos que renderam os seguranças, renderam funcionários e anunciaram assalto. Depois, eles atearam fogo em uma das salas, destruindo papéis e equipamentos, além de atingir o estúdio principal da emissora.
No caso do atentado a TV Macapá, o diretor presidente Josiel Alcolumbre declarou que está sendo orientado pelo advogado da empresa a remeter o caso a Polícia Federal. “O acidente está sendo acompanhado pela Polícia Civil, mas eu estou buscando orientação para que a Polícia Federal também possa acompanhar. Pois, as emissoras de comunicação no país são regidas por uma concessão pública federal”, informou Josiel.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente teria sido originado a partir de sobras de papel misturadas a substância conhecida como thinner - um solvente inflamável a base de álcool, utilizado para limpeza de ferramentas, máquinas e para diluir sintéticos.
Para o diretor presidente da emissora, o atentado demonstra que existe alguém tentando “calar a emissora”. “Reunimos os 27 funcionários e decidimos que não vamos desdobrar o assunto durante a programação,muito menos rebater as críticas. Vamos aguardar o relatório da Politec e verificar se é real ou não essa tentativa de silenciar a emissora”, relatou Josiel.
Liberdade de Expressão
O direito a liberdade de expressão está assegurado pela Constituição Federal, sob o Art. 220, que determina : “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição”. Á época do atentado na TV Record, o alvo dos assaltantes teria sido o apresentador Gilvan Barbosa, conhecido como GB. Uma das funcionárias da emissora disse em depoimento a polícia que um dos assaltantes “uma empresa de jornalismo não deveria se envolver em política”. O Art. 220 da Constituição também ratifica a necessidade de os veículos de comunicação coibirem qualquer tipo de repressão, como institui o parágrafo 2°. “É vedada toda e qualquer censura de natureza ideológica e política”. (Stefanny Marques/aGazeta)
AMAPA DIGITAL
0 comentários:
Postar um comentário