Para não correr o risco de ficar com uma segunda prótese presa ao corpo, Rosiclé Sardinha assumiu os riscos do tratamento e preferiu utilizar bota imobilizadora.
Rosiclé Sardinha Gonçalves respirou aliviada na noite de ontem (14). Por volta das 13h00, ela foi conduzida a sala de cirurgia para, após oito meses de batalhas judiciais e descontentamento com a saúde pública, remover a prótese da perna direita, que foi fraturada em um acidente de trânsito.
Ela optou por não utilizar uma segunda prótese, que corrigiria um desvio entre o alinhamento da perna e o pé direito. “Se já demorou para eu conseguir atendimento para retirar esses pinos, imagina o quanto demoraria para requerer a segunda operação. Preferi assumir esse risco”, disse Rosiclé Sardinha.
A peregrinação da educadora em busca de atendimento médico foi relatada por a Gazeta há cerca de duas semanas. O ferimento havia piorado e ela recorreu a justiça federal para garantir a realização da operação. Entretanto, o suposto atraso de pagamento da empresa que fornece órteses e próteses para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) pode ter provocado a interrupção nas cirurgias marcadas no setor de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (HCAL).
No dia 7, Rosiclé esteve no Conselho Regional de Medicina (CRM) para denunciar o caso. Lá, ela encontrou com o seu ortopedista, Dr. Joel Brito e com o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Fernando Nascimento. Que confirmou a suspensão dos atendimentos cirúrgicos no HCAL. “Está suspensa a transferência de pacientes do Pronto Socorro para o Hospital Geral por falta de material para realizar as operações”, anunciou Fernando na última quinta-feira.
A solução foi procurar a Justiça Federal, que no dia 26 de agosto encaminhou uma relação de cinco pacientes que pediram antecipação de tutela em favor de atendimento médico especializado. A decisão judicial determinou ao secretário de Saúde, Edilson Pereira que cumprisse imediatamente os serviços de cirurgia, internação, acompanhamento pós-operatório e fornecimento de medicamentos necessários a total recuperação dos pacientes.
Em caso de descumprimento da determinação, a Secretaria seria punida com multa diária no valor de R$ 5 mil e o secretário de saúde também poderia desembolsar 20% deste total para cobrir multa pessoal. Mesmo com tantos indicativos de que o atendimento poderia ser prestado, a Secretaria de Saúde se quer comunicou aos pacientes sobre uma possível marcação dos procedimentos.
O acidente impediu que Rosiclé continuasse nos dois empregos que mantinha, como almoxarife e monitora de um projeto do governo federal. Com o afastamento das atividades, a renda da família que era de aproximadamente R$ 3 mil, reduziu para R$ 800, referente ao seguro desemprego do esposo. Ele precisou abandonar o emprego para cuidar de Rosiclé.
Desde então, a paciente tem contado com a ajuda da família para custear as despesas com o tratamento. Ao optar por não implantar a segunda prótese no corpo, ela terá que adquirir uma bota imobilizadora no valor de R$ 136. Além de arrecadar dinheiro para comprar os medicamentos antiinflamatórios necessários a recuperação.
“O meu exemplo serve para outras pessoas não desanimarem diante do primeiro obstáculo. Eu me revoltei várias vezes, não sabia mais a quem recorrer, mas mesmo assim fui atrás dos meus direitos. É lamentável o que os pacientes precisam passar neste estado para garantir atendimento na rede pública”, declarou ela, algumas horas depois da cirurgia.
Ela optou por não utilizar uma segunda prótese, que corrigiria um desvio entre o alinhamento da perna e o pé direito. “Se já demorou para eu conseguir atendimento para retirar esses pinos, imagina o quanto demoraria para requerer a segunda operação. Preferi assumir esse risco”, disse Rosiclé Sardinha.
A peregrinação da educadora em busca de atendimento médico foi relatada por a Gazeta há cerca de duas semanas. O ferimento havia piorado e ela recorreu a justiça federal para garantir a realização da operação. Entretanto, o suposto atraso de pagamento da empresa que fornece órteses e próteses para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) pode ter provocado a interrupção nas cirurgias marcadas no setor de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas Alberto Lima (HCAL).
No dia 7, Rosiclé esteve no Conselho Regional de Medicina (CRM) para denunciar o caso. Lá, ela encontrou com o seu ortopedista, Dr. Joel Brito e com o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Fernando Nascimento. Que confirmou a suspensão dos atendimentos cirúrgicos no HCAL. “Está suspensa a transferência de pacientes do Pronto Socorro para o Hospital Geral por falta de material para realizar as operações”, anunciou Fernando na última quinta-feira.
A solução foi procurar a Justiça Federal, que no dia 26 de agosto encaminhou uma relação de cinco pacientes que pediram antecipação de tutela em favor de atendimento médico especializado. A decisão judicial determinou ao secretário de Saúde, Edilson Pereira que cumprisse imediatamente os serviços de cirurgia, internação, acompanhamento pós-operatório e fornecimento de medicamentos necessários a total recuperação dos pacientes.
Em caso de descumprimento da determinação, a Secretaria seria punida com multa diária no valor de R$ 5 mil e o secretário de saúde também poderia desembolsar 20% deste total para cobrir multa pessoal. Mesmo com tantos indicativos de que o atendimento poderia ser prestado, a Secretaria de Saúde se quer comunicou aos pacientes sobre uma possível marcação dos procedimentos.
O acidente impediu que Rosiclé continuasse nos dois empregos que mantinha, como almoxarife e monitora de um projeto do governo federal. Com o afastamento das atividades, a renda da família que era de aproximadamente R$ 3 mil, reduziu para R$ 800, referente ao seguro desemprego do esposo. Ele precisou abandonar o emprego para cuidar de Rosiclé.
Desde então, a paciente tem contado com a ajuda da família para custear as despesas com o tratamento. Ao optar por não implantar a segunda prótese no corpo, ela terá que adquirir uma bota imobilizadora no valor de R$ 136. Além de arrecadar dinheiro para comprar os medicamentos antiinflamatórios necessários a recuperação.
“O meu exemplo serve para outras pessoas não desanimarem diante do primeiro obstáculo. Eu me revoltei várias vezes, não sabia mais a quem recorrer, mas mesmo assim fui atrás dos meus direitos. É lamentável o que os pacientes precisam passar neste estado para garantir atendimento na rede pública”, declarou ela, algumas horas depois da cirurgia.
A GAZETA
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