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sábado, 22 de outubro de 2011

Sem dinheiro, poucos amapaenses prestigiam abertura da Expofeira

Notícias Amapá
O funcionalismo público que corresponde a 61% da economia local foi responsável pelo défict de público.
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Inexpressiva e sem novidades. Assim foi a abertura da 48ª Expofeira Agropecuária do Amapá, lançada ontem (21) no Parque de Exposições da Fazendinha. Com aproximadamente duas horas de atraso, a abertura do evento, que estava prevista para acontecer do palco principal, foi substituído para o espaço da feira de negócios, marcado pela presença simbólica de assessores e trabalhadores da feira, totalizando cerca de 200 pessoas.
A organização do espaço e do trânsito contrastou com os erros na programação oficial. A queima de fogos que durou cerca de 5 minutos, foi acompanhada a mais de 200 metros do local onde estavam as autoridades reunidas. O desencontro de informação atrapalhou até quem queria acompanhar a cerimônia. As pessoas que chegavam ao Centro de Exposições por volta das 20h20 de ontem, não entendiam se o evento acontecia nas mediações da arena principal ou na região próxima ao estacionamento, onde estão montados os estandes do governo.
Durante os pronunciamentos, a equipe de secretários estaduais fez questão de frisar os erros da administração anterior, repetindo o discurso que vem sendo protelado desde o início do ano e, destacando inclusive as dificuldades encontradas para acessar informações relativas a arrecadação da Expofeira em 2010.
Empecilho este que, segundo a coordenadora da feira e presidente da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap) Ivan
a Antunes, será sanado ao final do evento. “No último dia de feira, será possível levantar informações sobre o valor do recurso gasto no evento e o quanto ele gerou. Todos esses dados estarão disponíveis para consulta pública no Portal da Transparência”, orientou Ivana. Ela salientou ainda, que foi aberta uma conta específica para os depósitos relativos a feira, evidenciando que esta atitude não foi adotada – muito menos divulgada – pelo governo anterior.
O gestor da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), José Roberto Afonso Pantoja comentou que ele “não acredita que o Estado consuma 25% do que produz no setor agrícola”. E que o objetivo da feira é inverter a lógica de que o governo é o principal financiador da economia.
Para o governador Camilo Capiberibe, ocorreu uma mudança no foco principal da feira, que agora está centrada nos negócios e investimentos do setor produtivo. Ele associou a estratégia aos chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs). Falou ainda em desenvolver as vias de transporte terrestre, aéreo e marítimo com vistas a potencializar recursos. Mas garantiu que as ações poderão ser percebidas a médio e longo prazos.
Camilo afirmou ainda que o setor precisa expandir e ganhar novos destinos como a Guiana Francesa, Japão e Venezuela. Ou seja, o governador compreende que ampliando as fronteiras de comercializ
ação, o Estado poderá acessar investimentos. E não aplicando o capital no crescimento das regiões que carecem de recursos.
O fraco movimento de visitantes no primeiro dia pôde ser comprovado pela falsa circulação financeira na cidade. O funcionalismo público que corresponde a 61% da economia, segundo dados do IBGE foi responsável pelo décift de público. O governo do Estado anunciou que pagará os salários do mês de setembro, no dia 28 de outubro – dois dias antes do término da feira. Nem mesmo a atração nacional e a apropriada estrutura do evento foram capazes de tirar os amapaenses de casa e atraí-los para a primeira noite de Expofeira Agropecuária.

A GAZETA

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