Ex-senador reconhece que viajou à capital federal às expensas da Assembleia Legislativa, com passagem liberada pelo então deputado Camilo Capiberibe, no episódio denominada "farra das passagens" na Operação "Mãos Limpas".
Em entrevista a programas de rádio locais, o ex-senador João Alberto Capiberibe (PSB) admitiu ontem (14) que viajou a Brasília usando passagens da Assembleia Legislativa, intermediadas pelo então deputado Camilo Capiberibe, seu filho e atual governador. "Eu viajei, sim, para Brasília, com passagens da Assembleia Legislativa do Amapá e não há crime nenhum em relação a isso", afirmou, sem especificar a data da viagem. Capi contemporizou o uso das passagens aéreas, afirmando que "também viajei a convite da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, para receber a medalha Tiradentes; já viajei com passagens de governo estrangeiro, que me convidou para fazer palestra".
Com suas declarações, o ex-senador do PSB tentou refutar a matéria do jornal O Estado de S. Paulo que revelou a inclusão da família Capiberibe na Operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal. A reportagem do jornalista Bruno Paes Manso, publicada no último domingo (9), mostra que o então deputado Camilo Capiberibe participou da "farra das passagens" na Assembleia Legislativa, beneficiando com viagens o seu pai, João, sua mãe, Janete, e sua irmã Luciana. Além disso, o relatório final da PF aponta que a esposa de Camilo, Cláudia Carmargo e seu primo Jorney Souza Capiberibe haviam sido assessores especiais do Tribunal de Contas do Estado entre 2004 e 2010.
Medo de cassação?
Após admitir o uso das passagens aéreas, João Capiberibe ironizou a repercussão negativa da inclusão de sua família no relatório da Operação Mãos Limpas. "Se já me cassaram o mandato de senador porque me acusaram de ter comprado dois votos por R$ 26, pagos em duas parcelas, é bem possível que tentem até cassar o meu novo mandato porque eu fiz uma viagem a Brasília com uma passagem da Assembleia Legislativa. Era só o que faltava!", desdenhou.
O ex-senador, que é presidente regional do PSB, também criticou diretamente as reportagens do Estadão, minimizando os estragos das revelações na imagem do partido e da família Capiberibe. "Talvez, lá para São Paulo, que fica a 3.500 quilômetros do Amapá, pode ser que uma reportagem dessas cause algum arranhão na nossa imagem, associando o meu nome à Operação Mãos Limpas", ponderou.
Ilação do Estadão
Para desqualificar a inclusão do clã Capiberibe no rol da Operação "Mãos Limpas", o ex-senador disse: "isso faz parte do jogo político, que é o seguinte: vamos enlamear todo mundo, vamos colocar todo mundo na vala comum da corrupção, porque aí não tem salvação, todos são desonestos, todos os políticos são ladrões". A respeito das reportagens, João Capiberibe declarou: "estamos respondendo ao jornal Estado de S. Paulo, e não há nenhum temor nesse sentido".
Quanto à comprovação de que a esposa de Camilo Capiberibe e um primo dele haviam sido assessores especiais da presidência do Tribunal de Contas do Estado - um dos focos da Operação Mãos Limpas -, João Capiberibe comentou: "Acho que isso não está no relatório da Polícia Federal, isso já é uma ilação do jornal Estado de S. Paulo".
Com suas declarações, o ex-senador do PSB tentou refutar a matéria do jornal O Estado de S. Paulo que revelou a inclusão da família Capiberibe na Operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal. A reportagem do jornalista Bruno Paes Manso, publicada no último domingo (9), mostra que o então deputado Camilo Capiberibe participou da "farra das passagens" na Assembleia Legislativa, beneficiando com viagens o seu pai, João, sua mãe, Janete, e sua irmã Luciana. Além disso, o relatório final da PF aponta que a esposa de Camilo, Cláudia Carmargo e seu primo Jorney Souza Capiberibe haviam sido assessores especiais do Tribunal de Contas do Estado entre 2004 e 2010.
Medo de cassação?
Após admitir o uso das passagens aéreas, João Capiberibe ironizou a repercussão negativa da inclusão de sua família no relatório da Operação Mãos Limpas. "Se já me cassaram o mandato de senador porque me acusaram de ter comprado dois votos por R$ 26, pagos em duas parcelas, é bem possível que tentem até cassar o meu novo mandato porque eu fiz uma viagem a Brasília com uma passagem da Assembleia Legislativa. Era só o que faltava!", desdenhou.
O ex-senador, que é presidente regional do PSB, também criticou diretamente as reportagens do Estadão, minimizando os estragos das revelações na imagem do partido e da família Capiberibe. "Talvez, lá para São Paulo, que fica a 3.500 quilômetros do Amapá, pode ser que uma reportagem dessas cause algum arranhão na nossa imagem, associando o meu nome à Operação Mãos Limpas", ponderou.
Ilação do Estadão
Para desqualificar a inclusão do clã Capiberibe no rol da Operação "Mãos Limpas", o ex-senador disse: "isso faz parte do jogo político, que é o seguinte: vamos enlamear todo mundo, vamos colocar todo mundo na vala comum da corrupção, porque aí não tem salvação, todos são desonestos, todos os políticos são ladrões". A respeito das reportagens, João Capiberibe declarou: "estamos respondendo ao jornal Estado de S. Paulo, e não há nenhum temor nesse sentido".
Quanto à comprovação de que a esposa de Camilo Capiberibe e um primo dele haviam sido assessores especiais da presidência do Tribunal de Contas do Estado - um dos focos da Operação Mãos Limpas -, João Capiberibe comentou: "Acho que isso não está no relatório da Polícia Federal, isso já é uma ilação do jornal Estado de S. Paulo".
A GAZETA
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