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Greve dos Bancários: paralisação deixa clientes sem orientação
Todo quarto dia útil do mês, o aposentado Benedito Baia dos Santos de 83 anos sai de casa, uma localidade há 5 horas do município de Santana e vai até
a agência do Banco do Brasil receber a aposentadoria. Há 13 anos desenvolveu problemas de visão e enfrenta dificuldades. É quando ele recorre aos atendentes do banco para sacar a aposentadoria. Nesta terça-feira (4) seu Benedito foi informado de que os funcionários do banco entraram em greve. Estava ele, sem orientação e auxílio para retirar o benefício do mês.
A história do aposentado não é a única, ela se mistura com a de outras famílias que também dependem de benefícios federais, como é o caso do Programa Bolsa Família. Pela falta de instrução, os clientes preferem retirar o dinheiro direto no balcão da agência, ao invés de optar pelo procedimento nos caixas eletrônicos. Além da falta de assistência aos usuários das contas, a paralisação nacional dos bancários, que vem se estendendo desde o dia 27 de setembro tem atrasado a rotina dos bancos, como a emissão de cartões, abertura de contas e saques de valores acima do limite permitido. Em boa parte das agências esse valor varia de R$ 800,00 a R$ 1.000,00 por dia. No caso dos cheques, se a compensação não ocorrer em um prazo máximo de 48 horas, o talão ser sustado (ou seja, quando recebe mais de um carimbo) e o nome do devedor ser incluso no cadastro nacional de devedores.
Em resposta a suspensão dos atendimentos na rede bancária, ocorreu um aumento no número de clientes que recorrem as casas lotéricas para quitar faturas e despesas mensais. Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Amapá, Edson Gomes este movimento já era esperado, mas o inchaço dos serviços terceirizados não significa que os bancários devem recuar. Edson Gomes afirmou que a paralisação deve prosseguir por tempo indeterminado.
“Na conversa em que a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] teve com o comando de greve, os empresários praticamente tentaram impor o reajuste proposto [0,58%]. A Contraf [Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro] resolveu não ceder e até que se tenha outra orientação, nós também seguiremos a mesma linha aqui no Estado”, declarou o presidente do Sindicato dos Bancários.
Apenas as agências do Bradesco e HSBC funcionam normalmente, por que os bancários se recusaram a aderir a greve nacional. Nos municípios de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, aproximadamente 36 instituições financeiras suspenderam os atendimentos. Se considerarmos este índice só na capital, chega a 19 o total de agências paralisadas. (Stefanny Marques/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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