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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Após quatro anos de espera, famílias inauguram o Conjunto Mucajá

Na seleção das moradias também foram priorizados os portadores de necessidades especiais, que passarão a ocupar os apartamentos do térreo.
A dona de casa Maria Rosa Nascimento e o esposo, Agostinho Santos experimentaram na noite de ontem (5) uma emoção que foi partilhada por mais de 592 famílias. Eles tiveram a oportunidade de inaugurar a primeira moradia da família, após quatro anos de espera. A família possui cinco filhos e morava em uma área de risco e tiveram os nomes inclusos no projeto habitacional porque se encaixaram nas recomendações do programa Minha Casa Minha Vida.
“Eu agradeço por terem concretizado o nosso sonho”, disse Agostinho Santos ao identificar o novo endereço: bloco 15, apartamento 4. Uma das características do residencial é estar situado em uma área nobre da capital. Distante apenas 2 km do centro de Macapá, o bairro do Beirol concentra cinco escolas da rede pública, duas unidades básicas de saúde e há 100 metros do quartel da Po
lícia Militar. Além disso, o conjunto conta com mais de cinco linhas de ônibus, devido a localização pontual na rua Jovino Dinoá, uma das principais vias da cidade.
Na seleção das moradias também foram priorizados os portadores de necessidades especiais, que passarão a ocupar os apartamentos do térreo. Júnior Valente de 25 anos é Dj. Há 10 anos foi atingido por uma bala perdida no bairro Perpétuo Socorro e perdeu o movimento das pernas. Ele vai morar em um dos blocos com mais três irmãos e os pais, vão residir em outro apartamento no mesmo condomínio. “Em quatro anos a família cresceu e foi preciso que nós pedíssemos para ocupar mais uma casa no conjunto. Vou poder morar com os meus irmãos, que vão me ajudar nas atividades de casa”, comemorou o cadeirante.
O Complexo Residencial do Mucajá é uma obra do Plano de Aceleração do Crescimento, criado pelo governo federal na gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Concluída na gestão do prefeito Roberto Góes (PDT), a estrutura abrange 592 unidades habitacionais distribuídas em 37 blocos com 16 apartamentos cada. Para se chegar a este número, o município fez um levantamento de campo obedecendo a inúmeros critérios. Entre eles, a condição financeira das famílias. Cada uma não deve ultrapassar a renda per capta de ¼ do salário mínimo. Outro critério é o número de dependentes menores de 16 anos, mulheres responsáveis pelo domicílio, famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos e famílias agregadas denominadas de conviventes secundárias. O levantamento foi feito por equipes da Semast, Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho, que visitaram inúmeras vezes as residências do Mucajá. Entre outras constatações a de que 24% da população ocupava o barranco e 38% local aterrado. Uma terceira área que fica no alagado representa 32% da população. O restante corresponde a 33 famílias em risco que moram próximo à rede de alta tensão. Em percentual eles são 6%.
As mulheres têm papel fundamental no sustento das residências, 72% delas são chefes de família; 21% não sabem ler ou escrever; 22% recebem um salário mínimo ao mês e 52% estão no mercado informal. Os números seguem detalhando que 29% trabalham no lar, 25% com serviços domésticos e autônomos.
O calendário de mudança das 592 famílias que receberão os apartamentos do Conjunto Habitacional Mucajá já foi divulgado. As mudanças contarão com o apoio do Exército Brasileiro e serão monitoradas por observadores do Ministério Público Estadual e Justiça Federal.
De acordo com o secretário de Obras Marcos Jucá, os primeiros a serem instalados nos apartamentos serão os 37 síndicos e suas famílias. A partir de então, a cada dia, 32 famílias ocuparão os imóveis. Ao sair da antiga casa, ela será imediatamente demolida para garantir a desocupação imediata da área de encosta e início da segunda etapa da obra, que consiste na urbanização do Mucajá.
“A mudança inicia apenas no dia 10, para que as famílias tenham tempo de preparar suas coisas. Serão seis caminhões e dezenas de pessoas envolvidas numa verdadeira operação de guerra”, explica Marcos Jucá.
Somente no dia da mudança é que as famílias receberão a chave do imóvel junto com o documento de domínio do apartamento. A Prefeitura também explica que as famílias não terão direito ao material decorrente do desmonte das casas, conforme termo de consentimento assinado no dia do sorteio dos apartamentos entre beneficiários, poder público municipal e Caixa Econômica.

FONTE: A Gazeta

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