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Malária no Amapá continua em situação de alto risco
Os casos de malária em todo o Estado no período de
janeiro a junho de 2010 foi de 6.195, enquanto no mesmo período de 2011 foi de 5.002. A redução de 19% ainda não pode ser comemorada, visto que o Amapá continua em situação de alto risco. A redução se deve a uma campanha de mobilização do Ministério da Saúde direcionada para 47 municípios nos estados da Região Amazônica (Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima).
Segundo o coordenador do Programa Estadual de Controle de Malária, Jonas Ferreira, a redução nos índices de malária no Amapá foi graças às ações realizadas no período de 1 de janeiro a 30 de junho de 2011. O percentual é baixo se comparado com o alcançado pelo Estado do Acre, que foi de 45%. Jonas apresentou como justificativa o fato do Acre ter sido contemplado por mosquiteiros impregnados. “Ao armar os mosquiteiros, a cada três minutos morre um mosquito. Isso está quebrando a cadeia de transmissão naquele Estado”, explicou.
Sessenta mil mosquiteiros designados pelo Ministério da Saúde ao Amapá devem chegar somente em novembro. Atualmente se encontram no porto de Belém (PA) passando por vistoria na alfândega. O esperado na implantação desses mosquiteiros é a redução no número de casos no Estado do Amapá. Vale ressaltar que o período atual é considerado sazonal da doença. “Foram encerradas ontem (5) as operações desenvolvidas nos municípios de Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande e Calçoene”, destacou Ferreira.
A CVS aguarda uma redução de casos nos próximos dias por causa do efeito da borrifação intradomiciliar realizada em cada município. O ministério preconiza que o diagnóstico da doença seja rápido (resultado viabilizado em no máximo 30 minutos), além do tratamento imediato, adequado e supervisionado às pessoas contaminadas. Outras ações incluem educação em saúde e mobilização social. As equipes técnicas da CVS realizam coleta da gota espessa (coleta de sangue) e conseguem o resultado em tão pouco tempo graças à instalação de 10 laboratórios nos municípios visitados.
A incidência no Oiapoque está nas áreas indígenas, que no total comportam 54 aldeias. Colabora para esse quadro a questão geográfica, pois a sede do município é cercada de rios, lagos e igarapés – fontes principais de proliferação do mosquito. O fato de ser área de fronteira também é considerado. “Muitos amapaenses trabalham nos garimpos da Guiana Francesa e quando retornam estão infectados pelo mosquito transmissor da doença”, relatou Jonas Ferreira.
Em Calçoene é apontado como responsável pela proliferação da malária o grande número de empresas mineradoras, ocasionando grande fluxo de pessoas na região composta por 21 garimpos ativos. No município de Pedra Branca do Amapari não é diferente, pois com a instalação da Anglo Ferrous Brazil foi dobrada a população do município. Porto Grande sofre com a proliferação de assentamentos em localidades de alto risco de transmissão de malária, além dos garimpos.
A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários que vivem dentro da fêmea do mosquito anopheles, conhecido em algumas regiões do Brasil como muriçoca ou mosquito prego. Ainda não existe vacina contra a doença e a transmissão ocorre por meio da picada do mosquito contaminado. (Jorge Cesar/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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