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sábado, 1 de outubro de 2011

Franceses podem injetar recursos no Porto de Santana

Ao analisar a estrutura portuária existente, eles poderão atrair investidores da Guiana Francesa.
A localização geográfica do Amapá é uma das características mais evidenciadas por especialistas em desenvolvimento econômico e geopolítica. Falta apenas um impulso para que o Porto de Santana comece a transpor a barreira que limita a vinda de investidores. Algumas iniciativas já começam a ser executadas neste ano.
Após a vinda de um grupo de empresários mato-grossenses – ocorrida na semana passada – a Companhia Docas de Santana recebeu nesta sexta (30) a visita de autoridades da Guiana Francesa em companhia do presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembléia Legislativa (AL), deputado Paulo José. É o parlamentar que tem intermediado as relações diplomáticas entre o Amapá e a Guiana Francesa, entretanto, a prospecção de investimentos futuros só está ocorrendo agora.
A intenção do grupo de franceses é informar as autoridades guianenses sobre a viabilidade do transporte portuário no município de Santana. O regime legislativo francês estabelece que a Assembleia seja presidida por dois grupos de parlamentares. E o representante do grupo que detém maior poder de articulação no legislativo francês, o deputado Rudolf Alexander destacou os pontos fortes da visita. “Este estudo da área portuária de Santana vai além do diagnóstico sobre a capacidade técnica. Queremos promover uma relação econômica e social mais próxima”, pontuou Rudolf Alexander.
A cooperação técnica entre os dois países pode ocorrer não só no quesito investimentos, mas também no apoio a capacitação e treinamento de pessoal e equipamentos. O acordo pode resultar em um incentivo a mais para baratear o custo operacional do Porto de Santana, tornando-o mais competitivo. Para o geólogo e especialista em meio ambiente, Antônio da Justa Feijão, o que emperra o desenvolvimento econômico da área portuária de Santana ainda é a falta de articulação dos poderes em aproximar investidores. “Infelizmente, o Estado ainda não vê o investidor como aliado social. Como alguém que vai contribuir com tributos, empregos e impostos sociais. Essa limitação não consegue transformar a área portuária de Santana em uma espécie de local de ambiência sustentável”, descreveu o especialista.
Segundo Feijão, uma das orientações do governo federal é que os Estados brasileiros priorizem o incentivo às exportações. Ao enviar a produção local para outros países, o Brasil poderá adentrar outros mercados e firmar bases econômicas. A estimativa é que esses investimentos em infraestrutura portuária cheguem às cifras de R$ 80 milhões só este ano.
Com relação a iniciativa privada, a orientação muda completamente. Para ter controle do uso dos terminais portuários, as assembléias legislativas estaduais precisam amarrar uma série de critérios para não ter o capital manipulado, de moda a prejudicar a estrutura existente. “O legislativo deve saber explorar as indústrias periféricas, ou seja, aquelas vinculadas aos serviços do porto como carregamento e transporte de cargas”, disse Feijão.
Ao final da reunião, o deputado federal Sebastião Rocha (PDT), que também acompanhou a visita, sugeriu aos representantes franceses uma viagem ao Espírito Santo para analisar como se dá a cooperação técnica no porto da região capixaba. A finalidade é identificar o modelo e saber se ele pode ser trazido para o Amapá.
A companhia Docas de Santana ficaria ainda, com a responsabilidade de produzir um estudo técnico para ser apresentado ao governo da França, com o intuito de prospectar a demanda de investimentos. A preocupação não é apenas o transporte e mercadorias, mas a possibilidade de surgir desta união, uma alternativa para alavancar as economias dos dois países.

FONTE: A Gazeta

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