O governo federal deverá concluir até o final deste ano a
remoção das aldeias situadas ao longo da BR 156. O trabalho está sendo acompanhado pela Regional da Funai em Macapá, tendo como objetivo transferi-las para áreas mais distantes devido a proximidade com a rodovia. Além do contato entre populações realizado através dos rios, as margens da estrada vêm sofrendo uma crescente ocupação desde a década passada.
É um tipo de povoamento visto com preocupação pelas lideranças indígenas, visto que os colonos acabam desrespeitando as fronteiras da área indígena, invadindo-a para caça, pesca e extração de madeira. A pavimentação da BR 156 acabou causando problemas porque alguns trechos tiveram que ser desviados para melhorar o percurso. O problema foi a proximidade com as aldeias indígenas.
A administração executiva da Regional da Funai em Macapá já esteve em Brasília levando ao conhecimento das autoridades federais as reivindicações das comunidades indígenas do Oiapoque. A principal delas tem sido a remoção para áreas mais distantes devido a proximidade com a rodovia. Os índios vêm apressando a definição da localização das aldeias, pois elas passarão por situação de conflito, tais como: poluição sonora, poluição ambiental causada pelos veículos. Eles ainda ficarão sujeitos a acidentes se não forem colocados redutores de velocidade nos pontos próximos das aldeias.
A transferência das aldeias para áreas mais distantes é também para evitar que os índios sejam alvo da prostituição e do alcoolismo. Esse trabalho de deslocamento já está ocorrendo, mas em ritmo lento. Parte delas aguarda melhor atuação da Secretaria Estadual de Transportes (Setrap) e do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) para que esses benefícios sejam logo concluídos.
No tocante ao Oiapoque, há uma preocupação de que se consiga logo as compensações e os benefícios às comunidades do município. Entre eles estão os seguintes: melhoria das questões básicas de saúde, melhor proteção da questão ambiental, colocação de redutores de velocidade, transferência de algumas comunidades indígenas para áreas mais distantes da margem da rodovia para evitar poluição sonora e risco de acidentes. Melhor apoio na questão educacional porque com a inauguração da ponte binacional e da BR-156, a riqueza vai passar pelo asfalto e vai criar um abismo de poder aquisitivo e de questões sociais naquela região se as compensações e benefícios àquelas comunidades não forem cumpridos. (Jorge Cesar/aGazeta)
FONTE: www.amapadigital.net
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