Servidores da central de atendimentos Super Fácil, do bairro São
Lázaro, Zona Norte de Macapá, protestaram com faixas e cartazes na
manhã desta segunda-feira (9). Eles cobram mais segurança no prédio, que
recebe diariamente cerca de 500 pessoas em busca de atendimento.
Segundo os funcionários, um único vigilante faz a segurança no local.
Durante o protesto, o atendimento ao público ficou suspenso por cerca de
1h30.
Segundo os servidores, o índice de assaltos às três unidades do Super
Fácil em Macapá, administradas pelo governo do estado, motivou os 70
funcionários para a manifestação. O mais recente deles aconteceu no dia 5 de junho, quando homens armados invadiram o prédio da Zona Norte e assaltaram um correspondente bancário.
Trabalhando há quatro anos no local, o assistente social Claudionor
Costa e Silva critica a fragilidade na segurança da unidade do Super
Fácil Zona Norte. “Temos apenas um vigilante aqui e não dá para
identificar quem entra para ser atendido ou quem vem roubar. Aqui não
tem sistema de câmeras e nem detectores de metais. Sinceramente, é muito
fácil roubar aqui”, lamenta Silva.
A representante do sindicato da categoria, Sharon Dias, disse
que a presença dos correspondentes bancários nas centrais é um atrativo
para a ação dos criminosos. “Por não se tratarem de instituição financeira ,
os correspondentes não são obrigados a colocar segurança própria,
deixando tudo desguarnecido, e os roubos sempre acontecem lá, nos
deixando com medo de ir para o trabalho.
Estamos aqui cobrando efetividade”, pede Sharon, acrescentando que em
caso de falta de segurança pode haver greve da categoria.
O atraso de 1h30 nos atendimentos provocou tumulto na frente do prédio.
Pessoas que buscavam atendimento acabaram aderindo à reivindicação dos
funcionários. “É o local mais próximo de casa que tenho para pagar uma
conta, e vejo aqui que a segurança não tem como identificar quem está
com más intenções, confesso que venho até o Super Fácil com medo”, disse
o autônomo Benedito Maciel.
De acordo com Queila Rôla, diretora de atendimentos do Super Fácil, um
comunicado foi enviado para a empresa responsável pelo correspondente
bancário cobrando a implantação de segurança própria, mesmo não havendo a
obrigatoriedade. Segundo ela, o descumprimento pode resultar na
retirada do correspondente do prédio.
“A reivindicação dos servidores é válida, porque eu também sou
servidora. Estamos verificando a possibilidade de implantar câmeras no
prédio, mas é algo que acontece de forma lenta pois tem todas as
questões envolvendo o processo de licitação , mas já está em andamento”, esclareceu.
0 comentários:
Postar um comentário