Criado há dois meses no bairro Igarapé da Fortaleza, localizado no município
de Santana - distante 17 quilômetros de Macapá - o projeto social denominado
MMA e Integração tem contribuído de maneira significativa para a vida de
dezenas de crianças e adolescentes do local. A redução na criminalidade e a
melhoria dos alunos na escola são os reflexos de que a ação vem dando
certo.
São aproximadamente 150 alunos, nos turnos da manhã e tarde,
atendidos pelo projeto que tem o apoio da Policia Militar e do Clube de Judô
Ronildo Nobre. O Igarapé da Fortaleza é um dos bairros de elevado índice de
criminalidade em Santana. Os participantes do projeto, em sua maioria, convivem
com a violência, tráfico de drogas e prostituição infantojuvenil, explica Diego Pompeu, professor do projeto.
- Quando iniciamos as atividades
víamos que eles [alunos] tinham uma facilidade muito grande para cometer
delitos por influência dos bandidos. A gente trouxe esses alunos para perto da gente, conseguimos a
atenção dos pais e aos poucos os resultados já podem ser notados - disse.
As crianças têm aulas de jiu-jítsu, abordando
ainda noções de defesa pessoal. O Igarapé da Fortaleza foi onde o
lutador
amapaense Fabricio Guerreiro foi revelado. Guerreiro hoje é lutador do
Bellator e vem em ascensão no MMA. Atualmente, residindo nos Estados
Unidos, o atleta serve
de inspiração para os garotos.
- O Fabricio serve de espelho, pois
também morou aqui e teve oportunidade de ingressar na marginalidade, mas
decidiu ir para o lado do bem. Ele é um exemplo para os garotos que desejam ser
iguais a ele - afirma Diego.
Mesmo existindo há pouco tempo, a melhoria dos alunos em sala de aula já pode
ser notada. A dona de casa Edinelza da Silva conta que o filho João Vitor, de 12
anos, era muito tímido, o que acabava atrapalhando o rendimento do garoto na
escola. Após iniciar os treinamentos de MMA, as notas melhoraram.
- Acho que o projeto surgiu num bom momento, pois via essa necessidade no
meu filho. Além das notas, o comportamento em casa e com os amigos melhorou
muito. Acredito que esse projeto veio para ajudar as famílias daqui do bairro,
que não tinham nenhuma atividade esportiva - disse Edinelza.
Apesar dos resultados positivos, o Centro Comunitário do bairro, local onde são ministradas as aulas, não oferece
condições de abrigar mais alunos. Hoje a lista de espera por uma vaga já ultrapassa a marca dos 150 nomes.
0 comentários:
Postar um comentário