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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pais impedem filhos de irem à escola por medo de surto de hepatite

Pais de alunos matriculados na Escola Estadual Lauro de Carvalho Chaves estão impedindo os filhos de irem às aulas. Eles desconfiam de um possível surto de hepatite na instituição, localizada no bairro Muca, Zona Sul de Macapá. A medida foi adotada após a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) identificar ao menos cinco casos da doença no colégio, segundo o presidente da Associação de Moradores da região, Dodson Kennedy.
A contaminação pode ter ocorrido através da água distribuída para o consumo dos estudantes, de acordo com informações da diretoria de Vigilância Sanitária do município.
"Eu tenho um filho que estuda nessa escola e ele passou a ficar em casa. Ficamos sabendo recentemente desta situação e todos os pais estão com medo de que os filhos voltem doentes. Um surto de hepatite aconteceu no bairro Buritizal, que é bem próximo daqui, e isso está nos deixando cada vez mais preocupados. Temos o direito de saber o que está causando esse problema", pediu Kennedy.
O diretor da escola, Marcelo Dias, disse que por causa das suspeitas de surto os alunos estão sendo orientados a não usarem copos coletivos e nem compartilharem objetos com os colegas de sala de aula.
"Estamos trabalhando em cima das normas definidas pelas equipes da Vigilância Sanitária. Além disso, as coordenações de turno estão passando nas salas de aula para sensibilizar os alunos a trazerem água de casa e não tomarem a do colégio", reforçou Dias, acrescentando que ao menos 10 novas suspeitas de hepatite surgiram.
A escola atende a 974 estudantes do ensino fundamental e de Educação de Jovens e Adultos (Eja). A diretora do departamento de Vigilância em Saúde da Semsa, Marluce Dias, destacou que uma minuciosa investigação vai apurar a origem das contaminações.
"Por conta do período chuvoso as pessoas precisam ter um maior cuidado com o uso da água, mas a contaminação pode decorrer do alimento consumido pelos jovens. Nós já coletamos amostras do líquido para identificarmos a origem da doença, que também pode ter sido transmitida por algum colega que adquiriu os sintomas fora do colégio", disse.

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