Começou na manhã desta segunda-feira (16) o julgamento do cantor José
Ribamar Damas Rosa, de 47 anos, acusado de matar a facadas a esposa
Maria Domingas Martins Marques, de 40 anos, e o filho dela, Danilo
Martins Rodrigues, de 15 anos. O crime ocorreu no dia 23 de julho de
2013, no distrito do Coração, a 10 quilômetros de Macapá. Ao todo, 13 testemunhas serão ouvidas na plenária da 2ª Vara Criminal de Macapá.
Os corpos de mãe e filho foram encontrados na casa onde eles moravam,
no distrito do Coração. Após o homicídio, Jomar fugiu do Amapá, mas foi
preso em 3 de setembro de 2013, em Castanhal, no Pará. Ele foi trazido para Macapá onde está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
A primeira testemunha a ser ouvida pelo júri foi o pai do adolescente
morto, o operador de máquinas Daniel Martins, de 39 anos. Ele foi
questionado pela defesa sobre a suposta personalidade agressiva das
vítimas.
"A minha ex-mulher era uma pessoa independente e meu filho uma pessoa
muito calma. Nunca soube também de nenhuma traição", disse Martins.
O cantor está sendo acusado de homicídio duplamente qualificado. O
promotor de justiça, Eli Pinheiro, disse que o réu matou as vítimas por
motivo banal e que não há justificativa para o assassinato.
Ele matou os dois e ainda escondeu o corpo do enteado embaixo da
cama, tentando maquiar a cena do crime. Depois fugiu e foi encontrado em
outro estado já com uma outra família. Ele deixou a casa trancada após o
homicídio para ter tempo de fugir, agora a justiça deve dar a ele
punição equivalente a gravidade desse fato", frisou.
À época da prisão, Jomar confessou ter matado o enteado e a esposa, com
quem viveu por dois anos. O réu afirmou que perdeu o controle após ter
sido chamado de 'corno e chifrudo' pela ex-mulher.
De acordo com o advogado de defesa, Osny Brito, o acusado queria
terminar o relacionamento com Maria Domingas quando ela o agrediu com
uma faca.
"Ele chegou a visualizar a companheira com uma outra pessoa e foi
terminar a relação. Ela o provocou injustamente pegando uma faca. Ele
foi dominado pela violenta emoção e agiu de acordo com a justa
provocação da vítima. O filho naquele momento, no calor da confusão,
também acabou se envolvendo no fato", justificou o advogado.
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