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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Governo de Camilo Capiberibe está sem direção, diz líder do PDT na Assembleia

ImagemDepois de cinco meses de ter tomado posse, a de

putada pedetista Marília Góes, considerada uma das principais lideranças da oposição na Assembleia Legislativa, voltou a criticar o governo de Camilo Capiberibe. Em entrevista a uma emissora de rádio, a parlamentar disse que a atual gestão está sem direção.

As críticas estão relacionadas à postura adotada pelo atual governo, que insiste em manter os ataques direcionados ao governo passado sobre os problemas que o Estado atravessa. Segundo a parlamentar, em seis meses de trabalho, a equipe de Camilo Capiberibe ainda não apresentou nenhum grande projeto. “Eu vejo esse governo sem direção, sem gestão e sem projeto, mas com muito recurso”, sentenciou Marília.
Conforme a pedetista, as queixas constantes do governo sobre a falta de dinheiro é um dos pontos mais questionados pelos oposicionistas. De acordo com a parlamentar, só com as transferências federais, o governo só teve aumento em relação ao mesmo período do ano passado.

No demonstrativo da oposição, o Fundo de Participação dos Estados (FPE) teve acréscimo de 30%; o Fundo Estadual da Saúde (FES), de 30% e o Fundeb em mais de 20%. Mas, apesar do aumento no volume de receita, o governo está mergulhado em uma grande crise política, que resultou na queda de três secretários (Educação, Saúde e Meio Ambiente) e tudo indica que o próximo a deixar o governo é Cláudio Pinho, da Receita Estadual, que pediu afastamento alegando problemas de saúde. Contudo, nos bastidores, o comentário é a de que há uma briga entre aliados em busca de espaço por pastas.

“O que nós vimos até agora nesse governo foi crise e em todos os setores, além das acusações de perseguições e assédio moral na administração pública. Alegam que estão inaugurando obras, mas são todas deixadas pela nossa gestão. As em andamento também foram deixadas por nós, as federais são resultados da política do Waldez, como a ponte do rio Oiapoque, escolas técnicos, linhão de tucuruí, todas herdadas da gestão anterior”, disparou Marília.

“Da gestão atual nós ainda não vimos absolutamente nada, a não ser crise. Aquele choro com a desculpa de que falta recurso, não funciona porque dinheiro tem. Acredito que seis meses é tempo suficiente para identificarmos o que a gestão irá fazer, mas até agora não conseguimos ver nada”, lamentou.

Gastos com a Residência Oficial são questionados
A deputada Marília Góes (PDT) questionou os gastos feitos pelo governo na reforma da Residência Oficial, no início do ano. Segundo a deputada, foram empregados R$ 800 mil, somente na parte interna do prédio. “Ficamos sabendo quanto foi gasto depois de ter acesso aos documentos, porque quando a obra foi realizada nem placa informando o valor gasto existia”, criticou.

Conforme informações repassadas aos deputados, todo o valor foi aplicado apenas para fazer modificações na estrutura interna da casa. “Essa é a informação que nos foi passada, sobre as modificações feitas nos compartimentos internos da residência”, disse Marília.
A pedetista lembrou que o ex-governador só ocupou a residência depois de um ano. “Não tínhamos a intenção de morar lá. Durante quatro anos não mexemos em nada, porque nós tínhamos outras prioridades para o governo, onde o Waldez preferiu investir no Estado, então, não fizemos absolutamente nada”, contou.

As primeiras mexidas vieram somente após quatro anos. Foram feitos reparos e pinturas, mas sem mexer na estrutura da casa. Sobre a questão de ter deixado o prédio destruído a deputada foi taxativa. “Deixamos em condições de morar e quando o governador Pedro Paulo assumiu, ele ocupou a casa rapidamente”, disse.

Para a parlamentar, não havia necessidade de fazer gastos e disparou. “Isso é uma demonstração que o governador está mais preocupado com o bem-estar dele. É um governador que gosta de andar de terno e gravata, em carro de luxo e tomar vinho chileno”.

Dívidas
Marília Góes também questionou os números apresentados pela equipe de governo de Camilo Capiberibe sobre as dívidas do Estado. A deputada ainda aguarda pela presença do primo do governador que ocupa a secretaria estadual de Planejamento, Juliano Del Castillo, no plenário da Casa.

Segundo ela, somente com a presença do secretário será possível passar a limpo os números reais das contas do Estado. Mas, a líder pedetista não perdeu tempo e citou alguns exemplos de dívidas deixadas pelo então governador do Amapá, João Alberto Rodrigues Capiberibe, pai de Camilo.

Conforme Marília, em 2003, quando Waldez Góes assumiu o governo, herdou uma dívida reconhecida e assinada por João Capiberibe, de R$ 180 milhões com a Previdência Social, referentes apenas a INSS. Afirma ainda que Capiberibe foi o governador que menos pagou a Amprev.

De acordo com a parlamentar, foi Capiberibe o responsável pela isenção dada a Petrobras – que vende o combustível para a CEA – para deixar de pagar o ICMS. “Isso deu uma perda de mais de R$ 200 milhões para o Estado. O governador Waldez, quando assumiu recorreu para que a Petrobras voltasse a recolher o tributo e o retroativo. Waldez ganhou na justiça. Agora saiu a decisão do retroativo de mais de R$ 200 milhões e cai no colo do senhor Camilo. Ele vai receber o que o pai tirou, mas quem ganhou foi o Waldez”, destacou, lembrando que o PSB também deixou muitas dívidas. “Waldez resolveu a grande maioria delas e agora as benesses caíram no colo do filho de quem deixou as dívidas”.

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