Pages

Empresa parceira

Empresa parceira

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amapá não é usado pelos traficantes para levar drogas para outros países, diz Polícia Federal

ImagemO titular da Delegacia de Combate ao Tráfico de Drogas da Polícia Federal, Thiago Severo, afirmou que o Amapá não é usado como rota ou mesmo corredor para levar os entorpecentes a outros países. Mas, por outro lado – dentro da constatação dos federais – é tido como destino final do produto, possibilitando uma maior concentração de produtos ilícitos no Estado, estratégia bastante explorada pelos traficantes na tentativa de atrair números maiores de consumidores.


As declarações de Thiago foram feitas durante a audiência pública, realizada ontem (30) no plenário da Assembleia Legislativa, que debateu o combate de drogas no Amapá. Segundo o delegado, as drogas que chegam vêm do Amazonas ou Rondônia, estados que sempre aparecem entre as operações realizadas pela PF no combate ao tráfico.

No mapa do tráfico, por ser vizinho dos três maiores produtores de cocaína mundial, o Brasil aparece como ponto de referência – rota – para a distribuição das drogas. Colômbia, Peru e Bolívia são responsáveis por 99% da cocaína produzida no mundo. Os alvos são os consumidores da América do Sul, Europa e Estados Unidos.

Nessa contextualização, sendo o Amapá destino final, a droga só pode entrar de duas formas: de avião ou de barco. Por se tratar de um aeroporto de porte médio, dificilmente os traficantes optariam por esse meio como transporte. O preferido é a embarcação, devido à extensão do rio e os vários pontos que podem ser usados como desembarque.

A própria Polícia Federal garante que a dificuldade em controlar a entrada e saída das embarcações. Mesmo tendo o apoio da Capitania dos Portos, o controle das embarcações é considerado pequeno, e acaba favorecendo os traficantes.

O delegado também criticou a falta de ações por parte dos poderes públicos que poderiam ajudar a melhorar o trabalho das polícias. “Por mais que façamos as apreensões, na maioria das vezes, não conseguimos identificar o autor da bagagem justamente por não ter nenhuma exigência que as malas sejam identificadas e isso acaba favorecendo os traficantes, que escapam”, lamentou.
Neste ano, até o momento, ocorreram 11 apreensões feitas pela Polícia Federal, com 7 flagrantes e 12 prisões. Foram retiradas das ruas de Macapá, aproximadamente, 90 quilos de pasta base de cocaína.

0 comentários:

Postar um comentário