O delegado Plínio Roriz disse que o assassinato do adolescente Júlio Natan, ocorrido em novembro de 2013, em Macapá,
foi motivado por uma postagem do menor de idade em uma rede social. A
vítima teria ofendido uma das suspeitas do homicídio pelo Facebook, segundo concluiu o delegado. Roriz presidiu o inquérito do crime na Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai).
Júlio Natan morreu aos 15 anos, com um golpe no pescoço, em frente à
Casa do Artesão, no Centro da capital. Ele participava de um festival de
música no local. Os detalhes sobre as circunstâncias do crime ainda não
foram esclarecidos, mas ele teria sido praticado por duas adolescentes,
conforme a investigação da polícia. Uma delas foi apreendida no dia 6 de dezembro.
O inquérito policial foi concluído no fim dezembro e encaminhado à
Justiça sem que a polícia conseguisse colher o depoimento da outra
adolescente suspeita de participação no crime. Ela está com mandado de
apreensão em aberto e continua foragida.
A adolescente apreendida em dezembro negou em depoimento à polícia que
tenha matado Júlio Natan. Roriz afirma ter "certeza" da autoria dela no
crime. Segundo ele, a motivação para o assassinato foi uma postagem
ofensiva da vítima.
"Eu tenho absoluta certeza de que foi ela. Mas, apesar de ela negar,
várias testemunhas viram (o crime). (...) A adolescente disse que foi
maltratada em uma mensagem no Facebook pelo Natan e que estava com raiva
dele por causa desses fatos, mas sempre negando (a autoria)", reforçou o
delegado, sem dar detalhes sobre o teor das ofensas.
O inquérito policial indiciou as duas adolescentes suspeitas de
cometerem o homicídio e incluiu mais oito testemunhas no processo.
Mobilização
O pai de Júlio Natan, o consultor de empresas Umberto de Sousa, de 41 anos, está desde dia do assassinato mobilizando seguidores no Facebook em busca do paradeiro das duas adolescentes suspeitas de assassinato. Depois que uma das jovens foi apreendida, o pai da vítima usou novamente a rede social. Sousa chegou a oferecer uma recompensa de R$ 1 mil para quem ajudar a encontrar a menor de idade que ainda está foragida.
O pai de Júlio Natan, o consultor de empresas Umberto de Sousa, de 41 anos, está desde dia do assassinato mobilizando seguidores no Facebook em busca do paradeiro das duas adolescentes suspeitas de assassinato. Depois que uma das jovens foi apreendida, o pai da vítima usou novamente a rede social. Sousa chegou a oferecer uma recompensa de R$ 1 mil para quem ajudar a encontrar a menor de idade que ainda está foragida.
O pai de Júlio Natan disse que chegou à identificação das duas
adolescentes, após ouvir relatos de testemunhas do crime. O consultor de
empresas teme que a menor que já foi apreendida seja solta.
"Queríamos acelerar o julgamento da menor antes de acabar a apreensão
temporária dela, no fim de janeiro. Também pedimos mais empenho na busca
pela foragida, que acreditamos estar fora do estado", disse o pai. Ele
prentende fazer na próxima quarta-feira (15) uma manifestação em frente
ao Fórum de Macapá para pressionar a Justiça a renovar a prisão
temporária da suspeita apreendida.
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