O número de homicídios registrado nos primeiros 15 dias de 2014 no
Amapá forçou o governo do estado a traçar um plano de combate à
violência. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira (17). No referido
período, 20 pessoas perderam a vida assassinadas, segundo dados da
Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O último caso
registrado aconteceu em Macapá. O corpo de um taxista foi encontrado em um ramal da Rodovia AP-020. A vítima estava com pés e mãos amarrados, com perfurações de tiros na cabeça.
A intenção do plano é intensificar a ronda policial em "locais onde
eventualmente podem acontecer homicídios", conforme informou o
secretário de Segurança Pública Marcos Roberto Marques. Ele adiantou que
o Batalhão de Operações Especiais (Bope) vai montar barreiras em pontos
estratégicos da cidade para conter mais homicídios em Macapá. As áreas
de ressaca em periferias da capital também receberão maior atenção da
Polícia Militar (PM), com a operação 'Saturação'.
"Vamos implementar a operação Check Point, com policiais do Bope em
vários pontos e horários estratégicos de Macapá para vistoriar veículos e
pessoas em atitude suspeita. Também vamos fazer a operação Saturação
para atuar em áreas de ponte", prometeu Marques.
Outra medida anunciada pela Sejusp diz respeito à diminuição do horário
de atendimento dos policiais que atuam no setor administrativo da PM.
Eles passarão a compor o efetivo de militares em rondas ostensivas.
"Vamos aumentar a efetividade nas ruas, diminuindo o nosso horário de
atendimento, fazendo com que os policiais passem a colaborar com a
segurança pública", reforçou o sub-comandante da PM coronel Amiel
Nascimento.
Estatísticas da Delegacia de Homicídios apontam que dos 20 assassinatos registrados em 15 dias no Amapá,
cinco foram de autoria desconhecida. Desses, um caso já foi resolvido.
Em 2013, o índice de homicídios realizados sem identificação do autor do
crime fechou em 38 casos. Do total, 21 inquéritos foram resolvidos,
segundo o secretário.
Apesar de o número de assassinatos ser considerado pela própria Sejusp
como acima da média, o governo não admite falhas na segurança pública do
estado.
"Alguns desses homicídios aconteceram em locais onde seria muito
difícil a polícia conseguir evitar. Mesmo que tenhamos mais policiais e
viaturas nas ruas, cada caso tem sua peculiaridade. Estamos com o índice
de homicídios acima da média, mas pretendemos frear esse número",
reforçou o secretário de Segurança Pública.
Para o coronel da PM, o número de homicídios não configura falha da
segurança pública por causa das possíveis motivações dos crimes.
"Não admitimos que tenha sido uma falha da segurança pública porque
devemos ver como aconteceram os homicídios, tanto que a maioria das
investigações apontam acerto de contas ou crimes planejados",
acrescentou o coronel da PM.
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