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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Índice de assassinatos no AP força governo a montar plano de segurança

Corpo da vítima foi removido pela Policia Técnico-Científica (Foto: Gabriel Dias/G1)O número de homicídios registrado nos primeiros 15 dias de 2014 no Amapá forçou o governo do estado a traçar um plano de combate à violência. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira (17). No referido período, 20 pessoas perderam a vida assassinadas, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O último caso registrado aconteceu em Macapá. O corpo de um taxista foi encontrado em um ramal da Rodovia AP-020. A vítima estava com pés e mãos amarrados, com perfurações de tiros na cabeça.
A intenção do plano é intensificar a ronda policial em "locais onde eventualmente podem acontecer homicídios", conforme informou o secretário de Segurança Pública Marcos Roberto Marques. Ele adiantou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) vai montar barreiras em pontos estratégicos da cidade para conter mais homicídios em Macapá. As áreas de ressaca em periferias da capital também receberão maior atenção da Polícia Militar (PM), com a operação 'Saturação'.
"Vamos implementar a operação Check Point, com policiais do Bope em vários pontos e horários estratégicos de Macapá para vistoriar veículos e pessoas em atitude suspeita. Também vamos fazer a operação Saturação para atuar em áreas de ponte", prometeu Marques.

Governo do Amapá anunciou plano de segurança para conter homicídios (Foto: Abinoan Santiago/G1)Outra medida anunciada pela Sejusp diz respeito à diminuição do horário de atendimento dos policiais que atuam no setor administrativo da PM. Eles passarão a compor o efetivo de militares em rondas ostensivas.
"Vamos aumentar a efetividade nas ruas, diminuindo o nosso horário de atendimento, fazendo com que os policiais passem a colaborar com a segurança pública", reforçou o sub-comandante da PM coronel Amiel Nascimento.
Estatísticas da Delegacia de Homicídios apontam que dos 20 assassinatos registrados em 15 dias no Amapá, cinco foram de autoria desconhecida. Desses, um caso já foi resolvido. Em 2013, o índice de homicídios realizados sem identificação do autor do crime fechou em 38 casos. Do total, 21 inquéritos foram resolvidos, segundo o secretário.


Apesar de o número de assassinatos ser considerado pela própria Sejusp como acima da média, o governo não admite falhas na segurança pública do estado.
"Alguns desses homicídios aconteceram em locais onde seria muito difícil a polícia conseguir evitar. Mesmo que tenhamos mais policiais e viaturas nas ruas, cada caso tem sua peculiaridade. Estamos com o índice de homicídios acima da média, mas pretendemos frear esse número", reforçou o secretário de Segurança Pública.
Para o coronel da PM, o número de homicídios não configura falha da segurança pública por causa das possíveis motivações dos crimes.
"Não admitimos que tenha sido uma falha da segurança pública porque devemos ver como aconteceram os homicídios, tanto que a maioria das investigações apontam acerto de contas ou crimes planejados", acrescentou o coronel da PM.

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