
O carregador Evanildo Barbosa, de 50 anos, trabalha há 14 anos em uma
madeireira às ,argens do canal. Ele diz não lembrar a última vez que a
região foi dragada.

"Só dá para pegar a madeira em embarcações grandes quando a maré está
alta. Se ela estiver baixa, a gente usa uma pequena para fazer o
transporte", contou.

"Como as vendas acontecem um pouco antes do meio-dia, eu fico
prejudicado quando não recebo o açaí logo cedo, durante a manhã.
Acontece o atraso por causa da dificuldade de acesso", lamentou.
O assoreamento também influencia nos demais pontos de embarque e
desembarque de mercadorias de Macapá. "Quando estamos aqui nas
Pedrinhas, temos que sair antes de a maré baixar para levar o restante
das mercadorias para outros canais da cidade. Quando não conseguimos
atrasa tudo", reclamou o dono de embarcação Félix Nonato, de 38 anos.
A Secretaria de Estado de Transportes (Setrap) é a responsável pelos
reparos no canal do bairro Pedrinhas. Ela foi procurada para falar sobre
o assoreamento no local, mas não respondeu às solicitações da
reportagem.
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