O déficit prisional do Amapá está atualmente em 1.298 vagas, conforme
dados do governo do estado. O sistema penitenciário possui 2.436 presos
divididos em 1.138 vagas. O número só é maior que em quatro estados,
entre eles, o Maranhão, que vive uma crise no sistema penitenciário. Lá,
existe um déficit de 1.242 vagas. O Amapá também está à frente de Piauí, Roraima e Tocantins.
O levantamento nacional foi divulgado nesta quarta-feira (15) pelo G1.
Ao todo, o país precisa de mais 200 mil vagas para zerar a defasagem no
sistema prisional, de acordo com números re
passados pelos governos dos
26 estados e Distrito Federal. A população carcerária brasileira atual é
de 563.723 presos para 363.520 mil vagas nas unidades prisionais.
Os dados são os mais atualizados disponíveis, referentes ao fim de 2013
e ao início de 2014. O Ministério da Justiça, por exemplo, só tem os
relativos a 2012. Na comparação, é possível constatar, em um ano, o
aumento de quase 14 mil presos.
A superpopulação carcerária é um dos motivos apontados para o caos no sistema prisional do Maranhão.
O estado, que tem um déficit de 1,2 mil vagas, vive uma onda de ataques
a ônibus e delegacias após ordens que partiram de dentro do Complexo de
Pedrinhas, em São Luís, onde brigas de facções já provocaram mais de 60
mortes desde o ano passado.
Apesar de ter um déficit maior que o do estado maranhense, o Amapá
computou apenas duas mortes em 2013. Somados os últimos quatro anos, o
estado tem 12 mortes, sendo 2010 o ano com mais detentos que perderam a
vida, com 10 mortes dentro do presídio.
O
número de rebelião também vai na contra-mão do déficit prisional no
Amapá. Desde 2011 não acontece rebelião dentro dos cinco presídios que
são administrados pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).
O último conflito entre presos aconteceu em agosto de 2013. No entanto,
por ter ocorrido em apenas um pavilhão e não de forma generalizada, o
fato não foi considerado rebelião.
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